“Tentavam me moldar”, diz Negra Li sobre machismo no rap
Uma das vozes mais poderosas e reconhecidas do rap nacional, Negra Li começou no grupo RZO ainda muito nova, aos 16 anos, em um cenário completamente dominado por homens, mas ela não se intimidou.
“Eu não percebia, era muito nova, não entendia que estava sofrendo com machismo, quando o tempo passou que eu consegui entender. Tentavam me moldar: ‘não pode muita risadinha’, ‘sem saia no palco’. Mas eles estavam me protegendo, não é que fossem machistas, mas é porque realmente está na cultura isso”, lembrou em entrevista ao Morning Show nesta quarta-feira (6).
Sobre as comparações com o rap americano, que fala muito sobre dinheiro, poder e mulheres, ela acredita que a diferença diz respeito à história de cada país e que o público nacional ainda tem muito preconceito quando um rapper alcança outra posição social: “não acho que tem que fazer algum discurso para se manter legítimo à música, mas o que a gente sofre de crítica, de que está ‘sendo vendido’, que vai para a ‘Rede Globo’… É muito difícil”, lamentou.
Com trabalhos de atriz em seu currículo, no momento ela quer mesmo é se dedicar para a comemoração dos seus 20 anos de carreira na música e adianta: “não vai ter rap, algumas poucas rimas, mas vai ser diferente de tudo o que eu fiz até hoje. Vai ser legal. Vocês vão amar”, adiantou.
SuperStar
Participantes da segunda temporada do reality musical “SuperStar”, a banda Supercombo despontou para o rock nacional em 2015 e já comemora os frutos colhidos: “foi a melhor coisa que a gente fez, porque alavancou para o Brasil. Apesar de que a gente já estava em um caminho ascendente, devagarinho, não tem como competir com uma exposição desta proporção, então só dobrou tudo o que a gente vínhamos construindo”, disse Leonardo Ramos, responsável pelos vocais e guitarra.
O encontro com Negra Li, que também transita por estilos bem ecléticos, não poderia ter sido mais especial e o resultado foi uma faixa especialíssima, a balada romântica “Lentes”.
“Rolou uma parceria, fizemos a música juntos para o projeto de uma marca, contando a história de uma das consumidoras. A gente gosta desse espirito musical, pessoal, de se misturar com todos os artistas possíveis”, completou Leandro.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.