“TV aberta precisa melhorar qualidade para voltar a ser relevante”, diz Rodrigo Leão

  • Por Jovem Pan
  • 21/12/2015 12h06
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Bruna Piva / Jovem Pan

Observando os novos cenários da propaganda no Brasil, Rodrigo Leão, sócio-fundador e diretor de criação da Casa Darwin, esteve nos estúdios do Morning Show nesta segunda-feira (21) e comentou sobre a tendência para os próximos meses.

“Não sei vocês, mas eu achei 2015 um ano meio esquisitinho, fiquei com essa impressão. Ano que vem não tem como ser pior”, brincou.

Seguindo uma linha que já vem acontecendo com grandes bancos, as fusões vêm ganhando força também no território nacional, onde os clientes optam por ter contas globais com as agências.

“Uma das coisas que reparamos é o fim das grandes agências brasileiras, que foram vendidas para grupos estrangeiros. Para os brasileiros isso é ruim, porque uma coisa feita longe fala um pouquinho com todo mundo, mas não muito com ninguém. É como fazer uma rádio que é transmitida de um lugar que não conhece os ouvintes. Vai ser mais fria, mais técnica e com menos anunciantes”, contou.

Ainda sobre as mudanças, ele ressalta o fim da relevância da TV aberta, já que parte da audiência tem migrado para outros serviços, como o Netflix, além dos próprios canais da TV a cabo.

“Na verdade a gente já sente a queda de relevância desse público há algum tempo. A TV aberta precisa melhorar a sua qualidade, para ela ser importante para as pessoas. Avenida Brasil foi muito boa nisso, cria uma catarse social, porque ela gera uma discussão coletiva sobre o que é ser brasileiro. Não atrapalhando o entretenimento, a cultura, acho que vale tudo”.

Na era digital e com diversos vídeos viralizando diariamente nas redes, o publicitário garante que boa parte deles não acontece por alcance orgânico.
“A publicidade está fazendo videocases, você faz um negócio pequeno com algumas pessoas, vende para o Google e ele divulga. As pessoas ainda estão na ilusão de que isso não é pago. Tudo que é de marca e que está se propagando na rede é pago, muito bem pago e é caro”, completou.

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