‘Você gravar disco hoje em dia não adianta nada’, diz cantor Falcão
Falcão é uma das estrelas de “Cine Holliúdy 2: A Chibata Sideral”, filme que já estreou no Nordeste e desbancou a bilheteria de “Capitã Marvel” no último fim de semana. No Norte e Sudeste, o longa estreia no dia 4 de abril.
Apesar do sucesso, o cantor nega que tenha abandonado a carreira musical para se dedicar aos cinemas.
“É que a música está esquisita na comercialização, não existe mais CD, não existe mais nada. Você gravar um disco hoje em dia não adianta nada, então a gente fica pontuando uma música aqui outra lá na internet, é o jeito”, explicou em entrevista ao Morning Show nesta terça (27).
Esta é a segunda atuação profissional do cantor, que também participou da primeira parte da história dirigida por Halder Gomes.
O diretor também esteve no estúdio para falar sobre a produção e as referências às obras anteriores, o primeiro “Cine Holliúdy” (2012) e “O Shaolin do Sertão” (2016).
“São filmes que se complementam, não teve a intenção de ser, mas os três abordam a influência do cinema de gênero na cultura popular do Nordeste. Eu, por exemplo, comecei a treinar artes marciais na primeira vez que vi um filme do Bruce Lee”, lembrou o cearense.
No filme, Falcão interpreta Isaías, um cinéfilo cego. Exceto pelo fato de enxergar, o cantor disse que se identifica muito com o personagem.
“Gosto muito de cinema como todos nós. Cresci numa cidade que essa era a única coisa que tinha para ver, não tinha televisão ainda, rádio era só pra futebol. Eu comecei a ver o mundo através da janela do cinema”, contou.
Sobre a ameaça de novas mídias que podem extinguir o cinema, Gomes é categórico: “O cinema não morre não. Tentam matar, mas não conseguem. Cinema é uma experiência única, é igual estádio, tem emoções, sons, coisas que você só vê no estádio. Cinema é a mesma coisa, é uma experiência sensorial”.
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