Motorista alcoolizada mata pedestre e tem sentença civil milionária, mas não criminal
A justiça condenou Gabriella Guerreiro e o namorado dela, Roberto de Souza Lima, a pagarem cerca de R$1,4 milhão em reparações para a família de Vítor Gurman. Ela estava alcoolizada quando atropelou e matou Vítor, com 24 anos de idade à época, em julho de 2011, na Vila Madalena. Parentes de Vítor acreditam que a condenação e indenização milionária na esfera cível reforçam a hipótese de homicídio no campo criminal.
O tio de Vítor e idealizador da ONG Não Foi Acidente, Nilton Gurman, diz que as justificativas para a indenização reforçam a tese dos familiares: “Na justificativa para apurar os valores do quanto seria indenizado, o juiz praticamente descreveu o que é um homicídio doloso. Isso reforça a tese que a assassina do meu sobrinho tem que ser levada à júri popular e tem que ser processada por homicídio doloso”.
A defesa de Gabriela Guerreiro diz que vai recorrer, mas apenas na discussão referente ao valor da indenização. O advogado Ricardo Gomes de Andrade argumenta que a questão da cliente dele estar alcoolizada ou não está sendo tratada no âmbito criminal: “Nós pretendemos questionar somete o valor da indenização. Essa questão de estar alcoolizada está sendo verificada na esfera criminal. Na parte civil vamos nos ater a questão do valor da indenização, porque em nenhum momento a Gabriella negou o fato, mesmo porque foi noticiado”.
Laudos da promotoria demonstram que a velocidade do carro no acidente era de 57 km/h, enquanto o limite na via é 30 km/h. O caso ainda tramita judicialmente na esfera criminal e não está definido se Gabriella Guerreiro e Roberto de Souza Lima irão a júri popular.
Reportagem: Tiago Muniz
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