Motorista de gráfica da chapa Dilma-Temer garante ter sido usado como “laranja”
Motorista de gráfica que prestou serviço para a chapa Dilma-Temer garantiu ser “laranja” em três empresas.
Jonathan Gomes Bastos, que trabalhou 13 anos na Focal, prestou seu segundo depoimento no processo do Tribunal Superior Eleitoral, que apura irregularidades na prestação de contas da campanha de 2014, em ação movida pelo PSDB.
“Fui laranja. Eu era motorista dele, a gente era amigo, ele pediu, eu só não sabia para o que era”, disse o motorista.
Jonathan era motorista de Carlos Cortegoso, proprietário da Focal Gráfica, que recebeu R$ 24 milhões da campanha Dilma-Temer e é investigada pela Justiça eleitoral. Cortegoso saiu sem falar com os jornalistas.
Os irmãos Rogério e Rodrigo Zanardo, donos da Red Seg Gráfica, também prestaram depoimento no Tribunal Regional Eleitoral em São Paulo, em videoconferência com Brasília, com o relator do caso no TSE, o ministro Herman Benjamin.
O advogado de Michel Temer, Gustavo Bonini Guedes, minimizou as declarações do motorista. “A relação societária que Le tinha com Carlos Cortegoso é uma situação estranha a esse processo. Hoje o Carlos Cortegoso foi ouvido assim como outras pessoas que confirmaram que todos os serviços foram prestados nos volumes que foram cobrados. Em princípio não teve nenhuma irregularidade”, disse.
O advogado de Dilma Rousseff, Flávio Caetano, segue alinhado com defesa de Michel Temer.
Flávio Caetano negou que empresas citadas com administração de “laranjas” prestaram serviço a campanha Dilma Temer.
A fase de instrução do processo ainda depende de mais uma testemunha, com domicílio em Minas Gerais. A expectativa é a de que o processo seja concluído em até um mês.
*Informações do repórter Marcelo Mattos
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