MP apura supostas irregularidades em visitas de políticos a Cabral em Bangu 8
O Ministério Público do Rio de Janeiro vai investigar supostas irregularidades em visitas recebidas pelo ex-governador Sérgio Cabral, no Presídio Bangu 8.
Segundo relatórios da Secretaria de Administração Penitenciária, o próprio filho, o deputado Marco Antônio Cabral, chegou a visitar o pai mais de 30 vezes, na maioria delas usando a prerrogativa de parlamentar.
Esse é mais um capítulo da lista de regalias de Cabral, que foi preso no final do ano passado, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.
Nesta segunda-feira (27), o juiz Sérgio Moro colheu depoimentos de testemunhas de acusação na ação que o ex-governador é acusado de receber propina de quase R$ 3 milhões.
A Lava Jato sustenta que Cabral utilizou o dinheiro para a compra de bens de luxo, como os ternos da Ermenegildo Zegna.
Um funcionário da grife italiana confirmou ao procurador do Ministério Público, Athayde Ribeiro da Costa, que o ex-governador pagava adiantado por ternos sob medida confeccionados na Itália.
O ex-governador adquiriu pelo menos 20 ternos da grife italiana, cujos preços variam de R$ 18 mil até R$ 150 mil.
Nas outras videoconferências, todas muito breves, ficou clara uma prática familiar. As compras eram feitas por meio de pagamentos em espécie e em depósitos em dinheiro com valores inferiores a R$ 10 mil.
Para a força-tarefa, os pagamentos fracionados tinham um objetivo claro: impedir o controle das autoridades financeiras que só emitem alertas para transações acima de R$ 10 mil. Cabral nega as acusações.
Confira a reportagem completa de Carolina Ercolin:
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