MP-SP lamenta decisão que inocentou 14 réus no caso da cratera do Metrô

  • Por Jovem Pan
  • 19/10/2016 06h42
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14/01/2007 Brasil, São Paulo, SP. Cratera aberta no canteiro de obras da Estação Pinheiros da Linha 4 do Metrô, na zona oeste de São Paulo. Pelo menos sete pessoas podem estar sob os escombros. O desabamento levou à interdição de diversas casas nas proximidades, além da interrupção do tráfego em uma das principais vias da cidade. - Crédito:FILIPE ARAÚJO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Codigo imagem:6917 Filipe Araújo/Estadão Conteúdo Cratera

Ministério Público de São Paulo lamentou a decisão da Justiça que inocentou 14 réus no caso da cratera do Metrô que matou 7 pessoas, no ano de 2007 na construção da estação Pinheiros, na zona oeste da capital.

Em nota, a Promotora Amaitê Iara Giriboni de Mello disse que muitas provas foram produzidas em dezenas de depoimentos e robustos laudos técnicos. Ela fez comparações e ressaltou que consiste na tese mais fácil e rasa a ser apresentada pelos réus, tese esta que, infelizmente para o nosso País, não seria aceita em nenhuma outra nação civilizada do mundo.

A promotora acrescentou que não é possível aceitar passivamente a perda de vidas humanas decorrente de erros profissionais de uma equipe altamente gabaritada e que, exatamente por tais qualificações, deve ser responsabilizada à altura da culpa com que se conduziram.

No texto, Amaitê de Mello indicou ainda: “infelizmente, o Judiciário é por demais condescendente com a culpa penal. Há que se dar um basta à permissividade com relação à negligência, imprudência e imperícia que, diariamente, ceifam vidas de cidadãos honestos e despedaçam famílias”.

Ela concluiu enfatizando que não haverá futuro para as novas gerações se a vida humana não for adequadamente tutelada e protegida pelas nossas instituições.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin se manifestou sobre o assunto, reforçou que o Estado e o Metrô não foram réus no processo criminal e que na esfera cível toda assistência foi garantida às vítimas.

“O que houve foi uma decisão quanto ao processo crime. Se houve dolo, nõa houve dolo. O processo civil já cmainhou. O governo do Estado deu todo apoio às famílias, a maioria já foi indenizada”, disse o tucano.

A juíza Aparecida Angélica Correia afirmou que foi comprovado que o acidente provavelmente aconteceria mesmo com a instalação de tirantes.

Na decisão ela aponta que não houve indícios para que o acidente ocorresse e que os responsáveis tomaram os cuidados necessários.

*Informações do repórter Daniel Lian

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