MPL promete novo protesto na Av. Paulista contra o aumento de tarifas na terça-feira
O Movimento Passe Livre prometeu um novo protesto contra o aumento da tarifa nos transportes para terça-feira (12/01) na Avenida Paulista. Na última sexta-feira (08/01) manifestações resultaram em tumulto e vandalismo. Até a tarde de sábado, dezessete pessoas que haviam sido detidas foram liberadas, de acordo com a Secretaria Estadual da Segurança Pública. Quinze manifestantes assinaram termos circunstanciados, um saiu da delegacia após pagar fiança e o último teve alvará de soltura expedido pela justiça.
O comandante do batalhão da PM para o centro da Capital, tenente-coronel André Luiz Oliveira, avalia que a corporação agiu adequadamente na sexta: “Uma vez que nós temos no meio de manifestantes pessoas que vem para uma manifestação pacífica, munidos de armas, de fogos, de uma série de artefatos utilizados para enfrentamento das forças de segurança, elas não estão dispostas a se manifestar, elas estão dispostas a enfrentar as forças de segurança. A Polícia Militar não reprimiu de forma nenhuma a manifestação. Ela retomou a ordem”.
De acordo com o secretário estadual dos transportes metropolitanos, o principal fator que motiva o reajuste da tarifa é o alto custo da energia elétrica. Clodoaldo Pelissioni afirma que o preço deste insumo dobrou e que houve um grande esforço para que a alta da passagem ficasse abaixo da inflação: “A energia dobrou de preço. Nós fizemos um pregão na CPTM para a energia de tração que move os trens e, de R$ 13 milhes que gastávamos por mês, passamos a gastar R$ 26 milhões. Nós fizemos um grande esforço de redução de custos e corte de despesas para esse reajuste ser menor do que a inflação”.
Nos últimos anos, a prefeitura da capital e o governo do estado têm reajustado conjuntamente as tarifas da CPTM, Metrô e dos ônibus da SPTrans. No sábado (09/01), as passagens foram de R$ 3,50 para R$ 3,80. No mesmo dia também subiram os preços dos coletivos da EMTU.
Reportagem: Tiago Muniz
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