Municípios sofrem as consequências da crise na Petrobras

  • Por Jovem Pan
  • 25/01/2016 10h02
Pedro Bolle / USP Imagens Base da Petrobrás

 A crise na Petrobras causou desemprego e queda na arrecadação de cidades brasileiras que vivem da indústria do petróleo. A redução do preço do barril e as investigações da Operação Lava Jato têm colaborado para o momento difícil da estatal brasileira. A arrecadação com os royalties do petróleo caiu 25% em 2015 e os municípios receberam R$ 1,5 bilhão a menos.

O prefeito de Macaé e presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo, Aluízio Júnior, diz que a crise da Petrobrás causa grandes estragos: “Ela tem um impacto imediato que é a imobilização da indústria. Como se eu falasse: se organiza porque a partir do mês que vem você vai ganhar 25% menos. Você imediatamente começa a cortar os seus custos, a dimensionar sua casa e você começa a pensar duas vezes tudo que vai fazer. Para o trabalho, isso muitas vezes é sinônimo de desemprego”. Somente Macaé perdeu mais de R$ 200 milhões em receitas com a crise e o prefeito chegou a anunciar o corte do próprio salário até o fim do mandato.

O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas de Niterói e Itaboraí, Edson Rocha, explica a Anderson Costa que as demissões continuam: “Em junho começaram as demissões mais pesadas, que concentraram cerca de 5.500 trabalhadores. Mas foi a partir de março de 2015 que começaram as pequenas demissões. E continua gradativamente. Chegamos ao final de 2015 com algo em torno de 8000 demitidos no setor”.

Somente no estado do Rio de Janeiro, a queda com a arrecadação dos royalties do petróleo chega a quase R$ 1 bilhão em 2015. Com o preço do barril em baixa no mercado externo, a Petrobrás já anunciou a redução de US$ 32 bilhões no plano de investimentos até 2019.

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