Muro da raia da USP, em São Paulo, será derrubado em três meses

raia olímpica da USP - Carolina Ercolin

A Prefeitura de São Paulo e a Universidade de São Paulo anunciaram a demolição do muro da raia olímpica da USP e um novo projeto paisagístico para a região em parceria com a iniciativa privada.

No lugar, até agosto, serão instaladas grades para separar a área da Marginal do Pinheiros. A área de 2,5 quilômetros de extensão também receberá iluminação entre as árvores ao custo de R$ 2 milhões.

O investimento será pago pela iniciativa privada: a operadora de saúde Prevent Sênior, a GLC e a Frances Alves.

O prefeito João Doria não vê problemas em capitanear um projeto que beneficie uma universidade estadual, competência, portanto, do seu padrinho de partido, Geraldo Alckmin. “Todas as nossas ações temos procurado fazer junto com o governo estadual, em alguns casos com o Governo federal. Temos uma ação de alinhamento pleno, verificamos a possibilidade desta ação ser feita pela Prefeitura”, disse.

O vice-reitor da USP, Vahan Agopyan, admitiu que o muro foi construído há 21 anos sem nenhum estudo prévio sobre se a escolha, de fato, era a melhor para a cidade: “a Marginal estava crescendo muito e havia necessidade de alguma interferência, e fazer o muro era a situação mais econômica naquela época”.

A raia da USP foi inaugurada em 1973 com a realização da I Regata Internacional, que contou com equipe das Américas do Sul e do Norte. Recentemente, durante a Olimpíada do Rio, ela também sediou equipes de países como China e Rússia.

*Informações da repórter Carolina Ercolin