Na volta do recesso, STF fará sessão oficial de homenagens ao ministro Teori

  • Por Jovem Pan
  • 20/01/2017 06h28
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Arco-íris ao entardecer visto da Estátua da Justiça. Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF (06/10/2011) Fellipe Sampaio/SCO/STF Estátua da Justiça que fica em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília

O cerimonial do Supremo Tribunal Federal prepara homenagens ao ministro Teori Zavascki e depende agora da família se o corpo vai ou não para Brasília antes do destino final, o cemitério da cidade de Faxinal dos Guedes em SC. É lá onde está enterrada a mãe de Teori.

O filho do ministro foi contra a vinda do corpo do pai para o Salão Nobre do Supremo para homenagens. Segundo Francisco, não seria adequado, já que Teori Zavascki sofreu ameaças.

O STF volta do recesso no dia 1º de fevereiro e realizará uma sessão oficial de homenagens ao ministro. A família também deve estar presente.

Acidente aéreo

O ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki morreu no acidente do avião que caiu nesta quinta-feira (19) nas proximidades de Paraty, no Rio de Janeiro. A aeronave partiu do Campo de Marte (SP) e ia para o Rio de Janeiro com quatro passageiros a bordo. A informação da morte do magistrado foi confirmada pelo filho dele pelo Facebook. Antes, o filho de Zavascki havia confirmado a presença do pai no voo e pediu para os amigos para “rezarem” pela sobrevivência do ministro.

Teori, que tinha 68 anos, era o ministro relator das ações da Operação Lava Jato no Supremo. Cabia a ele os próximos e decisivos passos da investigação que envolve alguns dos políticos mais emblemáticos do Brasil e que possuem foro privilegiado e, portanto, só podem ser julgados pela mais alta corte.

O ministro era responsável pela homologação das conhecidas “delações do fim do mundo”, colaborações de 77 executivos da construtora Odebrecht com a Justiça. A expectativa era que o ministro do STF começasse a decidir em fevereiro a oficialização ou não das delações que envolviam diversos políticos importantes dos núcleos do governo de Michel Temer e Dilma Rousseff. Enquanto estava em recesso, a equipe de juízes do ministro analisava o extenso material resultante de uma longa negociação que se estendeu por todo o ano de 2016.

*Informações do repórter José Maria Trindade

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