“Não dá para discordar de quase nenhuma”, diz ex-diretor do BC sobre medidas do Governo
O presidente Michel Temer anunciou nesta quinta-feira (15) uma série de medidas microeconômicas de modo a estimular a criação de empregos, melhorar o ambiente de negócios para empresários e aumentar as condições de crédito à população.
Em entrevista a Denise Campos de Toledo, no Jornal da Manhã, o ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Alexandre Schwartsman, afirmou que não há nada no pacote que mude a situação de imediato.
“Não dá para discordar de praticamente nenhuma medida. Todas, BNDES à parte, fazem sentido. Tudo muito positivo, mas nada que vá mudar o jogo”, disse.
A respeito do BNDES, o presidente Michel Temer anunciou a possibilidade de renegociação de dívidas vencidas e a vencer com o banco.
Sobre a liberação do FGTS, o Governo anunciou que pretende permitir que trabalhadores utilizem parte dos recursos do fundo para o pagamento de dívidas. A liberação imediata, segundo o ex-diretor do BC “poderia ter sido a diferença no endividamento das famílias”.
O que diz respeito à regularização tributária, o Governo tratou da criação de um programa para tal. “Os senhores sabem que há muitos devedores do Fisco com passivos tributários expressivos, e há pessoas físicas que também têm passivos. Esse programa alcança tanto pessoas jurídicas como físicas. O objetivo, naturalmente, é permitir que empresas e pessoas físicas se programem ao longo do tempo para pagamentos parcelados”, disse Temer ao explicar a regularização tributária.
Schwartsman considerou que o campo da regularização tributária é um dos focos do Governo e “é onde ele pode atuar”, mas ponderou: “concretamente, o impacto que isso vai ter na atividade e no alívio de caixa não é pequeno”.
Confira a entrevista completa:
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