“Não imaginava que ele seria tão ruim”, diz Marta Suplicy sobre Fernando Haddad
No Dia Mundial Sem Carro
No Dia Mundial Sem CarroA senadora Marta Suplicy afirmou em entrevista ao programa “Os Pingos nos Is” da rádio Jovem Pan que não imaginava que Fernando Haddad “seria tão ruim” e que ficou “triste porque poderia ser melhor que ele”.
Para ela, falta gana de trabalho, de aceitar, pensar no novo, ter prioridades e arranjar soluções ao prefeito de São Paulo. “Ele não tem vocação política”, disse. Marta disse sentir a cidade parada. “Os bairros mais ricos têm muitos problemas. Na periferia é ainda pior. A cidade não tem prioridade, não tem planejamento”.
Sem apoio de Lula para uma candidatura em São Paulo, ela afirmou que o ex-presidente errou ao apoiar Haddad e que, caso venha a se candidatar à prefeitura do Estado, “focará em grupos temáticos e estudos”, como a questão da mobilidade e da saúde.
Ciclovias de Haddad
Para ela, a ciclovia, tão criticada pela oposição e até mesmo pela sociedade, não é algo ruim, mas sim que deveria ter sido mais bem planejada. “A cidade tem tanta prioridade. Sobre a ciclofaixa acredito que faltou planejamento. Acho que ninguém é contra ter ciclovia, mas é preciso ter uma conversa com moradores da região, por exemplo”.
“É açodado, rápido, decidido, ‘tem que fazer, tem que fazer’, mas sem planejamento”, declarou sobre as atitudes de implementação das vias para bicicletas na cidade.
Plano Diretor Estratégico
Sancionado no final de julho do ano passado, o Plano se estabelece como um novo paradigma de planejamento e desenvolvimento urbano para a cidade de São Paulo, no entanto, segundo a senadora, tudo deveria “ser jogado no lixo”.
“Quando você faz um Plano Diretor você tem que ter planos regionais. Você não pode tratar a Cidade Tiradentes como a Lapa ou como o M’Boi Mirim. Butantã, por exemplo, tem a população de Bauru [cidade no interior de SP]”, explicou.
Marta crê que a descaracterização da cidade se dará ainda pelas zonas, devido a Lei de Zoneamento. “Na Lapa, por exemplo, 25 ruas vão virar comerciais”. Para ela, não há dúvidas de que o Plano atende a uma especulação imobiliária.
“Enquanto todas as cidades caminham para uma proteção ambiental, São Paulo vai contra. As áreas verdes, como parques e praças, vão ter a possibilidade de abrigar equipamentos municipais. O controle de verticalização tem estudo prévio, mas nada foi feito”.
*Ouça a entrevista completa no áudio acima
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