“Não podemos proteger”, diz Hugo Motta sobre possibilidade de investigar Dilma e Lula na CPI da Petrobras

  • Por Jovem Pan
  • 06/03/2015 09h25
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Deputados discutem durante reunião para elaboração do roteiro de trabalhos e deliberação de requerimentos da CPI da Petrobras

Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados / Agência Brasil Deputados discutem durante reunião para elaboração do roteiro de trabalhos e deliberação de requerimentos da CPI da Petrobras

O presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), disse nesta sexta-feira (06), em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã da Jovem Pan, que não descarta a investigação sobre o envolvimento da presidente Dilma e do ex-presidente Lula no esquema de corrupção da estatal. “Não podemos proteger e dizer que alguém não vai ser investigado. Se houverem fatos que justifiquem que a presidente seja investigada ou o ex-presidente Lula, nós faremos com muita tranquilidade e imparcialidade”, afirmou.

No primeiro dia de funcionamento, a Comissão aprovou 109 requerimentos apresentados e trouxe outros diferenciais “com a criação de sub-relatorias e com a contratação de uma empresa internacional de investigação financeira para poder garantir a recuperação de arquivos que possam estar escondidos no exterior”, apresentou Motta.

As sub-relatorias tem o objetivo de descentralizar a investigação e causou furor na Câmara nesta quinta-feira (05). Aos gritos, deputados discordaram da decisão, no entanto, para Hugo Motta, a reação já era esperada. “Nós sabemos que o nível de pressão politica dentro da CPI é muito grande, masnós vamos gerenciar com maturidade e vamos fazer a funcionar”, disse.

Sobre a aparição surpresa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, Motta disse que a presença mostra respeito à CPI e que ele “não teme que seu nome esteja nessa lista que o procurador geral da república entregou ao STF”.

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