Não se pode anistiar criminosos na Colômbia

  • Por Jovem Pan
  • 03/10/2016 10h47

Líder das FARC Timoleón Jiménez EFE/Ernesto Mastrascusa EFE - Líder das FARC Timoleón Jiménez

O governo já tinha firmado um acordo com o líder das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) Timoleón Jiménez (o Timochenko), mas a população colombiana recusou o acordo em plebiscito. E não há realmente um segundo plano.

Ainda existe um pouco de nacionalidade no espírito das pessoas. O acordo, vamos ser honestos, é vergonhoso para os colombianos e a história da Colômbia, comenta Joseval Peixoto. A guerra entre o governo e as FARC já deixou 220m mil vítimas. “Não era mais uma guerrilha só por causas políticas. Era o narcotráfico desgarrado”. E, mesmo assim “iriam ganhar 10 cadeiras no parlamento?”

Vera Magalhães, por sua vez, comenta a repercussão do resultado entre a “esquerda” brasileira. “O plebiscito só é certo quando dá o resultado que a esquerda quer”, diz.

Marco Antonio Villa também avaliou a situação na Colômbia: “mesmo em meio a essa guerra civil, a Colômbia manteve a alternância de poder a cada quatro anos”. O comentarista e historiador lembrou o caso Íngrid Betancourt e que as FARC protagonizaram assassinatos e tragédias, além de recrutamento de crianças para a guerra.

Villa defende a possibilidade de acordo “em outras circunstâncias”. E conclui: “você não pode anistiar criminosos”.

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