Não tenho utopia de que será só para RJ, diz Pezão sobre securitização de dívida

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, após reunião com o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) Luiz Fernando Pezão

O governador Luiz Fernando Pezão, com a corda no pescoço, aproveitou o feriado prolongado para manter contato com autoridades de Brasília para tentar buscar opção para a crise financeira no Rio de Janeiro.

Ele participou remotamente das discussões envolvendo Renan Calheiros, Rodrigo Maia, Michel Temer e representantes do Tribunal de Contas da União. A pauta era a securitização da dívida de Estados e municípios.

Há uma espécie de debate jurídico em torno dessa questão, que pode ser a salvação para os Estados e municípios. Há entendimento de que a securitização das dívidas poderia cair no debate jurídico sobre a legalidade da medida, por isso a participação do TCU.

A previsão é que a votação da securitização da dívida possa acontecer daqui, no máximo, três semanas, desde que haja garantia do TCU de que a medida é legal e pode se transformar em operação de crédito.

Pezão sabe que no momento como este ninguém conseguirá ajuda específica. A decisão será válida para todos, já que Estados e municípios estão todos com dificuldades.

“Eu sei que o Tesouro não tem possibilidade de ajudar só o RJ. Não tenho utopia de que a ajuda será para o Rio só. Será para todos”, disse o governador fluminense.

O pacote de austeridade do Governo do Estado começa a ser discutido na Assembleia Legislativa do Estado nesta quarta-feira (16). Os 21 prokjetos de lei devem receber até 300 emendas. A votação em plenário deve ocorrer somente em dezembro.

*Informações do repórter Rodrigo Viga