No Equador, esquema de corrupção da Odebrecht pode afetar resultado de eleição

  • Por Jovem Pan
  • 16/02/2017 07h14
EFE candidato

O escândalo de corrupção envolvendo a construtora Odebrecht tem reflexos em diversos países da América Latina e, também, na eleição presidencial do Equador.

A votação acontece neste domingo (19) e, até o momento, as denúncias sobre participação no esquema ocupam uma parte importante das campanhas.

No acordo de leniência firmado com a Justiça dos Estados Unidos, a empreiteira admitiu o pagamento de mais de 33 milhões de dólares em propina a autoridades equatorianas, entre 2007 e 2016.

As acusações atingem em cheio o candidato do governo equatoriano, Lenín Moreno, que, atualmente, lidera as pesquisas de intenção de voto.

Moreno conta com o apoio do atual presidente do país, Rafael Correa, e foi o vice dele, no primeiro mandato.

Desde que surgiram as primeiras informações sobre o caso Odebrecht, a imprensa equatoriana tem pressionado as autoridades para que as investigações avancem.

Os crimes ligados à companhia brasileira teriam ocorrido entre 2007 e 2016, justamente durante o governo de Rafael Correa.

O presidente rebateu as acusações e ataca os veículos de comunicação. Ele afirmou que os jornalistas equatorianos sempre tentam ligar ao seu nome ao escândalo da Odebrecht e ironizou: “esta é a nossa imprensa livre e independente”.

Para minimizar os efeitos das denúncias sobre a corrida à presidência, o Conselho Nacional Eleitoral decretou um período de silêncio aos veículos de comunicação.

A partir da meia-noite desta sexta-feira, os jornalistas estão proibidos de divulgar informações que possam interferir na votação de domingo.

O veto ficará em vigor até segunda-feira, quando deve ser divulgado o resultado.

No Equador, um candidato vence a disputa quando obtém mais de 40% dos votos válidos e abre 10 pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado.

De acordo com as últimas pesquisas, o candidato do governo, Lenin Moreno, conta com 43% das intenções de voto.

Em segundo lugar, aparece o banqueiro Guillermo Lasso, com 21%.

*Informações do repórter Vitor Brown

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