Noite de protestos e saques na Venezuela deixa ao menos 11 mortos

  • Por Jovem Pan
  • 22/04/2017 15h21
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CAR015. CARACAS (VENEZUELA), 21/04/2017.- Docenas de personas permanecen hoy, viernes 21 de abril de 2017, a las afueras de una panadería que fue saqueada anoche Caracas (Venezuela). Al menos once personas murieron anoche al participar en un saqueo en una panadería de la parroquia popular El Valle, en el oeste de Caracas, informaron hoy medios locales que aseguran que algunas personas fallecieron electrocutadas y otras por disparos de bala. El intento de saqueo se produce cuando el país es sacudido por una ola de protestas antigubernamentales que ya han dejado una decena de muertos en las últimas tres semanas. EFE/MIGUEL GUTIERREZ EFE/Miguel Gutierrez Dezenas de pessoas em frente a uma padaria saqueada em Carracas

Governos de 9 países latino americanos, dentre eles Brasil argentina e méxico, condenaram fortemente a violência na Venezuela e apoiaram uma declaração da ONU que pede que Governo e oposição retomem o diálogo e busquem medidas concretas contra a crise.

Depois dos protestos duramente reprimidos desta 6a feira, houve novos confrontos no centro de Caracas. No meio da confusão, lojas foram saqueadas.
A imprensa venezuelana afirma que, ao menos, 7 pessoas morreram eletrocutadas quando saqueavam o frezer de uma padaria.

Outras duas pessoas teriam morrido baleadas.
O governo divulgou que grupos armados teriam sido contratados pela oposição atacaram uma maternidade com mais de 50 crianças e o hospital precisou ser esvaziado.

Em meio à forte repressão na Venezuela, uma mulher gravou o momento em que foi baleada por um policial na cabeça.

Ela filmava membros da Guarda Nacional Bolivariana disparando à queima-roupa contra supostos manifestantes, enquanto avançavam por uma rua deserta.

Um dos policiais disparou o fuzil contra a mulher que gritava e o insultava.

O telefone caiu das mãos da vítima. Por sorte, a bala atingiu de raspão o queixo da mulher.

O vídeo foi compartilhado nas redes sociais por Yusnaby Pérez, correspondente da emissora Univisión 23, e viralizou rapidamente. No entanto, ainda não se sabe onde e quando ocorreu o incidente.

Os protestos começaram após sentenças do principal tribunal do país, que retiraram a imunidade dos deputados e assumiu as funções do Parlamento, único poder público controlado pela oposição. A pressão internacional provocou a anulação parcial das sentenças.

Maduro, cujo mandato prossegue até 2019, afirma que “a direita extremista venezuelana” busca um golpe de Estado com o apoio do governo de Donald Trump. Mas a oposição insiste que deseja retirar o presidente do poder pela via eleitoral.

Nicolás Maduro rejeita uma antecipação das eleições e pede aos adversários um diálogo, assim como o abandono do que chama de “agenda golpista”.

De acordo com as pesquisas, sete em cada 10 venezuelanos reprova o governo, asfixiados por uma severa escassez de alimentos e remédios, além de um inflação que segundo o FMI deve alcançar 720,5% este ano, a maior do mundo.

Para manter a pressão, os líderes da oposição convocaram para sábado uma “marcha do silêncio” até a sede da Conferência Episcopal e para segunda-feira um bloqueio das estradas.

Reportagem de Carolina Ercolin. Ouça-a AQUI.

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