Nome para suceder Serra deve “partir do óbvio”, diz Ricupero ao citar PSDB
José Serra pediu, nesta quarta-feira (22), demissão do cargo de ministro das Relações Exteriores por conta de problemas de saúde. Ainda com o Ministério da justiça vago, o presidente Michel Temer agora precisa encontrar um novo nome para o Itamaraty.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ex-ministro da Fazenda e embaixador Rubens Ricupero afirmou que foi surpreendido pela notícia e que o presidente Michel Temer deve “partir do óbvio” no que diz respeito a um nome para suceder Serra no comando do Ministério das Relações Exteriores.
“Eu imagino que, pela lógica, você tem que partir do óbvio. O ministério tem estado com o PSDB, acredito que consultas partam dentro do partido. Com Fernando Henrique Cardoso, com o presidente do partido. O senador Aloysio Nunes, foi parte da comissão de Assuntos Exteriores. Tem que ver. É uma pasta que não atrai muitos políticos, porque não tem verbas, não tem obras, não tem nomeação”, disse Ricupero.
Para o também diplomata, uma subdivisão da chancelaria de Assuntos Exteriores poderia ser uma boa sugestão. “É mais ou menos o que fazem os grandes países. Pessoas para se ocuparem mais por viagens, não por área geográfica.Tem um ministro principal e dois ou três que acompanham assuntos econômicos, outro para demais assuntos”, exemplificou.
Rubens Ricupero disse ainda que o modo como a demissão de Serra está sendo tratada, como se a doença fosse algo apara se duvidar, é equivocada. “O motivo da saída é a saúde dele. Ele tem tido problemas. Foi operado recentemente e essa função é extremamente exaustiva porque há ocasiões em que a pessoa não pode parar as viagens internacionais”.
A saída de Serra, entretanto, não deve quebrar uma continuidade da gestão de Serra na pasta.
Confira a entrevista completa:
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.