Novos prefeitos devem pressionar Governo para ampliar captação de recursos em 2017

  • Por Jovem Pan
  • 08/11/2016 07h21
Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil Márcio Lacerda

Os novos prefeitos, que assumirão os cargos em janeiro, devem reforçar pressão sobre o Congresso Nacional, para contornar dificuldades financeiras.

Em várias cidades do País, os caixas devem encerrar o ano no vermelho.

A Frente Nacional de Prefeitos não acredita em melhora a curto prazo e aposta em nova queda de arrecadação nas capitais, em 2017.

Diante dos problemas, os novos gestores devem recorrer ao Governo federal para quitar as dívidas e evitar medidas impopulares no primeiro ano de mandato.

O atual prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, reclamou da falta de protagonismo dos municípios e afirmou que as cidades são excluídas dos principais debates feitos pelo Palácio do Planalto. “Muitas e muitas decisões são tomadas a nível federal sem que os municípios sejam ouvidos diretamente. Até porque as pessoas vivem na cidade e não no Governo federal e nem no estadual”, disse.

O prefeito de Belo Horizonte acredita que os municípios terão que rever o planejamento financeiro em 2017 e recomenda “modernização de gestão”.

Para Márcio Lacerda, a experiência na iniciativa privada pode ser uma vantagem do prefeito eleito em São Paulo, João Dória. “Eu entendo e defendo, também fui empresário, que a base é planejamento. Dentro da área de resultado é a modernização do processo de arrecadação e controle de gastos. Isso é essencial na vida do município. Arrecadar bem e gastar bem”, explicou.

Márcio Lacerda deixará a prefeitura de Belo Horizonte no final deste ano e quem assume o cargo a partir de janeiro é Alexandre Kalil, do PHS.

A Frente Nacional dos Prefeitos agendou para abril de 2017 um encontro com mais de 500 gestores municipais, de todo o país.

O objetivo da reunião entre os prefeitos será discutir estratégias para que os municípios enfrentem a escassez de recursos.

*Informações do repórter Vitor Brown

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