Novos prefeitos devem pressionar Governo para ampliar captação de recursos em 2017
Os novos prefeitos, que assumirão os cargos em janeiro, devem reforçar pressão sobre o Congresso Nacional, para contornar dificuldades financeiras.
Em várias cidades do País, os caixas devem encerrar o ano no vermelho.
A Frente Nacional de Prefeitos não acredita em melhora a curto prazo e aposta em nova queda de arrecadação nas capitais, em 2017.
Diante dos problemas, os novos gestores devem recorrer ao Governo federal para quitar as dívidas e evitar medidas impopulares no primeiro ano de mandato.
O atual prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, reclamou da falta de protagonismo dos municípios e afirmou que as cidades são excluídas dos principais debates feitos pelo Palácio do Planalto. “Muitas e muitas decisões são tomadas a nível federal sem que os municípios sejam ouvidos diretamente. Até porque as pessoas vivem na cidade e não no Governo federal e nem no estadual”, disse.
O prefeito de Belo Horizonte acredita que os municípios terão que rever o planejamento financeiro em 2017 e recomenda “modernização de gestão”.
Para Márcio Lacerda, a experiência na iniciativa privada pode ser uma vantagem do prefeito eleito em São Paulo, João Dória. “Eu entendo e defendo, também fui empresário, que a base é planejamento. Dentro da área de resultado é a modernização do processo de arrecadação e controle de gastos. Isso é essencial na vida do município. Arrecadar bem e gastar bem”, explicou.
Márcio Lacerda deixará a prefeitura de Belo Horizonte no final deste ano e quem assume o cargo a partir de janeiro é Alexandre Kalil, do PHS.
A Frente Nacional dos Prefeitos agendou para abril de 2017 um encontro com mais de 500 gestores municipais, de todo o país.
O objetivo da reunião entre os prefeitos será discutir estratégias para que os municípios enfrentem a escassez de recursos.
*Informações do repórter Vitor Brown
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