Número de pedidos de recuperação de empresas é o maior desde 2006

  • Por Jovem Pan
  • 06/04/2016 12h43
USP imagens Dinheiro, economia, poupança Dinheiro

 Os pedidos de recuperações judiciais cresceram 114% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2015. O número chegou a 409, liderado pelas micro e pequenas empresas com 229 requerimentos. O resultado é o maior para os três primeiros meses do ano desde 2006, após a entrada em vigor da Nova Lei de Falências, segundo a Serasa Experian.

O economista da instituição, Luiz Rabi, aponta a crise como principal motivo para o agravamento da situação das empresas: “É justamente essa combinação de endividamento elevado e cada vez mais caro pelos juros altos com a queda na receita que forma esse quadro muito difícil para vida das empresas brasileiras nesse início do ano de 2016”.

Os pedidos de falência registraram alta de 31,6% no primeiro trimestre do ano, segundo a Boa Vista SCPC. Em entrevista ao repórter Daniel Lian, o economista da instituição, Flávio Calife, avalia que a crise superou de forma negativa as expectativas: “Aquela tendência que a gente tinha de alta em 2015 parece que permanece em 2016 de forma mais intensa, pelo menos por enquanto. O ambiente econômico continua muito incerto, instável, e isso tem levado a uma redução bem grande na capacidade de pagamento das empresas, o que muitas vezes pode terminar em uma falência”.

Em março, o número de pedidos de falências aumentou 13,5% na comparação mensal e 25,2%, com março de 2015. No primeiro trimestre do ano, as falências decretadas subiram 6,6% em relação ao período equivalente do ano anterior.

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