“O Brasil deve sair bem, mas tem um grande vale no caminho”, diz especialista sobre a crise

  • Por Jovem Pan
  • 11/12/2015 09h54
SÃO PAULO, SP, 25.08.2014: MÔNICA BERGAMO - O economista e empresário Horacio Lafer Piva - A presidente da Petrobras, Graça Foster, recebeu o prêmio "Valor 1000", do jornal "Valor Econômico", pelo desempenho da empresa, em cerimônia realizada anteontem, no hotel Unique. O evento contou com a presença dos banqueiros Roberto Setubal, do Itaú Unibanco, e André Esteves, do BTG Pactual. Os empresários David Feffer, do Grupo Suzano, João Roberto Marinho, do Grupo Globo, e Wilson Quintella Filho, da Estre, também participaram da premiação. (Foto: Raquel Cunha/Folhapress) Raquel Cunha / Folhapress Horácio Lafer Piva

 O economista e empresário Horácio Lafer Piva afirma que o tempo político é distanciado do tempo econômico e, enquanto partidos se preocupam com eleições, as necessidades do mercado não são atendidas e isso reflete diretamente na confiança: “Se Não tivermos liderança e, sem fatos novos e reformas que mudem o cenário, a confiança do mercado não volta. O Brasil está preso em um círculo vicioso com menos produção, menos consumo, menos empregos e menos investimento”.

Sobre o impeachment, o especialista fala que independentemente da saída ou permanência de Dilma Rousseff, mudanças são necessárias: “O impeachment, seguindo formas democráticas, se for com o Temer, traz uma nova equipe, o que seria uma solução de mudança de governo já que poderia de alguma maneia reconstruir um pacto com as classes produtivas. Mas se a Dilma conseguisse uma nova estrutura de governabilidade, avançar no ajuste fiscal, conter os gastos e realizar reformas, também conseguíramos voltar a ter um índice de confiança melhor”.

Mas sobre o panorama atual, Piva diz ser uma pena o país passar por sua maior crise e faz uma previsão para os próximos anos: “Parece que é a crise mais profunda e grave que já tivemos. O Brasil deve sair bem, mas tem um grande vale no caminho. Muitas empresas não aguentarão, vão ser compradas pelo capital estrangeiro e vamos desnacionalizar a indústria. É uma pena”.

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