“O Brasil precisava redescobrir o Simonal”, afirma Simoninha sobre o pai
Confira as imagens do músico na bancada do programa!
Simoninha participa do Jovem Pan Morning ShowPoucos artistas tiveram a carreira tão cercada de enigmas como Wilson Simonal. Isso porque ele, que foi uma das figuras mais populares do Brasil na década de 1960, passou os últimos anos da vida misteriosamente no ostracismo total. Alguns contam que ele foi rejeitado pelo público e pelos companheiros de palco por ter atuado como delator do Regime Militar. Outros o consideram vítima e garantem que, ingênuo, caiu em golpes que o fizeram colaborar com as crueldades daquele governo. De uma forma ou de outra, Simoninha, seu primogênito, acredita que o músico representa um pedaço importante da história do país, que finalmente começa a receber o destaque que merece.
“Tenho muito orgulho de ser filho de um homem que teve uma arte tão poderosa e que, mesmo com tantos problemas, conseguiu manter a família unida. Acho o conceito de justiça complicado, prefiro acreditar que o Brasil precisava redescobrir o Simonal. Ele é um pedaço importante da história que precisava ser contado. É bom para a gente, bom para a música, bom para o país”, disse em entrevista ao Jovem Pan Morning Show.
A declaração veio enquanto o artista comentava as recentes produções feitas em homenagem ao pai, como o documentário Simonal – Ninguém sabe o duro que eu dei (lançado em 2007) e um musical que deve estrear ainda neste ano.
“O louco é que, apesar de estar no epicentro da vida do Simonal, estou o conhecendo melhor agora com essas biografias. Quando vi ao documentário, fiquei muito feliz por ver um trabalho tão bem executado. Os diretores fizeram uma coisa bem bacana. Fiquei contente por terem entregado aquilo às pessoas. E, claro, também fiquei com um sentimento natural de tristeza”, contou.
Ao lado do irmão Max de Castro, o próprio Simoninha cumpre seu papel para manter a memória do músico. Em 2009, a dupla gravou o Baile do Simonal, CD e DVD do show em que apresentam os maiores sucessos da carreira do pai e com que continuam em turnê.
Com esse projeto, como não poderia deixar de ser, vieram as cobranças. “Existe cobrança, sim. Mas entendo como carinho de quem viveu aquela época. A música é forte, ela marca a vida das pessoas. Poder relembrar alguém que já morreu através dos seus filhos deve ser muito impactante. Acho bacana, vejo com naturalidade”, disse.
Durante a entrevista, Simoninha ainda relembrou algumas memórias da infância, revelou sua agenda para o Carnaval e falou sobre o último disco de estúdio, o Alta Fidelidade (2013). Confira a íntegra no áudio.
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