“O PT não gosta de aceitar decisões democráticas”, diz deputado do PMDB

  • Por Jovem Pan
  • 09/12/2015 09h47
Brasília - O deputado federal, Lucio Vieira Lima, comenta o teor da carta que o vice-presidente da República, Michel Temer, enviou à presidenta Dilma Rousseff (Antonio Cruz/Agência Brasil) Antônio Cruz / Agência Brasil Lucio Vieira Lima

 Para o deputado federal Lucio Vieira Lima (PMDB-BA), os desdobramentos da relação do PMDB e do PT são responsabilidade do governo: “Não é o PMDB que está pronto para se rebelar. A presidente que se rebelou contra o povo. Fez compromissos na campanha, chamados de estelionato eleitoral, que não cumpriu”. O partido encontra-se divido entre os que são favoráveis a um rompimento e os que mantêm a relação, como é o caso do líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, que segundo Vieira Lima terceirizou a liderança para o governo: “Vamos destituí-lo. A partir de agora o líder do PMDB na Câmara é Leonardo Quintão”.

Sobre as acusações contra Dilma Rousseff relacionadas às pedaladas fiscais, o deputado comenta a importância da lei: “A Lei de Responsabilidade Fiscal é uma das maiores vitórias do legislativo, para que um presidente não gaste dinheiro público sem critério, e ela descumpriu essa lei”.

O deputado federal critica o posicionamento do PT antes e após a campanha: “O PT é parceiro no tempo de TV, nos palanques, mas depois eles são melhores que todo mundo. O PT não gosta de aceitar decisões democráticas. Se são favoráveis elas valem, mas se forem contrárias, é golpe”.

Sobre a participação do PMDB no governo, o deputado diz: “O PMDB nunca foi chamado para elaborar políticas públicas e elaborá-las. Tivemos apenas ministérios menores. Não nos sentíamos a vontade e não participamos do governo como deveríamos. O PT dava alguns cargos para o PMDB e dizia que tínhamos todas as obrigações, mas ninguém disputa eleição para ter emprego para meia dúzia de pessoas. Se disputa eleição para fazer as mudanças que o país precisa”.

Para Vieira Lima, Michel Temer restabeleceu a verdade com a carta para a presidente Dilma Rousseff.

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