O sistema de saúde suplementar está a um passo do abismo, diz especialista
Com as novas regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar, os planos de saúde têm quatro meses para implantar melhorias no atendimento presencial e telefônico aos usuários. As medidas visam facilitar o acesso a procedimentos, solicitações e motivos para negativas de coberturas. As empresas de grande porte serão obrigadas a manter um Serviço de Atendimento ao Consumidor 24 horas por dia, sete dias por semana.
O gerente da diretoria de fiscalização da ANS, Rodrigo Aguiar, ressalta a Anderson Costa como será o acompanhamento: “Nós estabelecemos o fornecimento obrigatório e padronizado de protocolos de atendimento. Através desse protocolo vamos poder identificar uma série de itens em relação a essa reclamação, como a data que foi feita e se foi na operadora correta. A partir da data do protocolo vamos acompanhar o prazo para a operadora prestar a informação ao beneficiário”.
Mesmo com a adoção das regras, as entidades de defesa do consumidor questionam a efetiva aplicação em prol do segurado. O presidente da Associação Nacional dos Usuários de Planos de Saúde, Flávio Ávila, diz a Renata Perobelli que não acredita em melhoria: “A saúde pública já faliu, o sistema de saúde suplementar está a um passo do abismo. Quando a ANS intervém e multa, e a operadora não paga, então naturalmente ela pode criar o que ela quiser”.
Quem ignorar os novos procedimentos a partir de 15 de maio estará sujeito a multas que variam de R$ 30 mil a R$ 80 mil. Em caso de negativa de serviço, o segurado deve ser informado por escrito e detalhadamente em até cinco dias úteis.
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