“O volume está vivo”, diz secretário sobre água que fica abaixo da captação
Índice que mede o volume de água no Sistema Cantareira registrou novo recorde negativo nesta segunda-feira (17)
Sistema Cantareira opera com apenas 15% da capacidade totalNesta segunda, foi anunciado que o volume do Complexo Cantareira, que ajuda a abastecer de água a grande São Paulo, caiu para o menor nível de 10%. Em entrevista à Jovem Pan, o secretário Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, falou sobre o uso do chamado “volume morto”, nome dado à água que fica abaixo do nível de captação das represas.
Arce denomina esta água represada como “volume estratégico”, e brinca: “o volume está vivo”. Para acalmar as recentes preocupações concernentes à qualidade da água disponibilizada a partir desse volume, o secretário lembra que a água retirada do “volume morto” passa por três reservatórios e pela estação de tratamento. “O nome volume morto é assustador”, confessa Arce.
O secretário descartou também a necessidade do rodízio de água por causa dos 80% de paulistanos que aderiram à campanha da Sabesp e diminuíram seu nível de consumo. “Se nós fizéssemos agora o rodízio, eu perderia toda a economia que a gente fez”, diz. Ele ainda ressaltou as “consequências complicadas” que um eventual rodízio traria, como a dúvida da qualidade da água quando ela volta após um corte do recurso, e a dificuldade de se aplicar a medida em locais altos, como a Avenida Paulista.
Durante a entrevista, Arce também se mostrou preocupado de as pessoas se esquecerem da questão hídrica em São Paulo quando a chuva voltar. Ele ainda comparou os recursos hídricos daqui com os de cidades europeias, mostrando que a cidade tem apenas a nascente de um rio próxima, e que o Tietê fornece apenas 10m³, sendo que a maior parte é esgoto.
Confira a entrevista completa ao programa “Os Pingos nos Is” no áudio acima.
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