Obama e Trump se reúnem na Casa Branca para discutir transição de governo

  • Por Jovem Pan
  • 11/11/2016 08h53
EFE Barack Obama

Após inúmeros e ferozes ataques na campanha eleitoral, Barack Obama e Donald Trump se reúnem na Casa Branca para discutir a transição de governo.

Para quem acompanhou os últimos meses de discursos, assistir a cena do democrata e do republicano conversando no salão oval causa surpresa.

A animosidade entre os dois, é bom lembrar, começou bem antes da campanha, quando o bilionário questionou se o presidente era de fato americano.

Depois, Trump afirmou que Obama havia sido o pior mandatário da história dos Estados Unidos e o democrata insistia que o republicano não tinha o temperamento e o conhecimento para assumir o cargo.

O que se viu nesta quinta-feira foi bem diferente. Ao lado de Trump, Obama afirma que a reunião foi excelente e que fará de tudo para o sucesso de Trump e consequente o sucesso da democracia.

Já Trump também elogiou a conversa e disse que foi uma honra conhecer Obama e espera contar com a ajuda dele em seu mandato.

A primeira reunião de transição possibilitou outros encontros, como o do vice-presidente Joe Biden com o eleito Mike Pence e entre a primeira-dama Michele Obama e a mulher da republicano, a ex-modelo eslovena Melania Trump.

Após passar pela Casa Branca, o novo presidente foi ao Capitólio, a casa legislativa americana.

Ao lado de políticos republicanos, que vão dominar a câmara e o Senado a partir do ano que vem, ele traçou prioridades para o seu mandato. Junto ao atual presidente da Câmara, o republicano Paul Ryan, o bilionário afirmou que a imigração, a economia e a saúde serão as prioridades de seu governo.

Trump vai contar com maioria nas duas casas, mas colocar em prática as promessas de campanha não será fácil.

Em relação à imigração, o cientista político da ESPM, Heni Ozi Cukier, acredita que o presidente eleito vai cumprir em partes as suas metas.

Nos próximos dois meses, Trump e Obama garantem que vão fazer mais reuniões de transição.

Mas será que o republicano vai manter o discurso mais ameno por muito tempo? Heni acha que não.

Trump não quis responder às perguntas dos jornalistas nesta quinta-feira, muitas delas direcionadas às promessas de deportar imigrantes ilegais e banir a entrada de muçulmanos.

O republicano ressaltou no entanto que vai lutar pelo fim do Obamacare, programa de saúde implantado pelo atual presidente.

Confira a reportagem completa de Victor LaRegina:

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.