Odebrecht pediu ao Pastor Everaldo mais espaço Aécio em debates, diz delator

  • Por Jovem Pan
  • 15/04/2017 08h54
Reprodução/Facebook Pastor Everaldo

O ex-diretor-executivo da Odebrecht Ambiental, Fernando Reis, disse que o dinheiro de caixa 2 ajudou a pagar uma manobra entre os candidatos Pastor Everaldo (PSC) e Aécio Neves (PSDB) nos debates da campanha para a presidência em 2014. Ele afirmou que a o candidato do PSC à Presidência da República lhe foi apresentado pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

No começo da campanha, Pastor Everaldo teria recebido um repasse inicial de R$ 1 milhão. Aos poucos, ele foi ganhando alguns pontos nas pesquisas e continuou a pedir mais dinheiro, com o montante chegando a R$ 6 milhões. Só que a morte de Eduardo Campos fez com que Marina Silva se tornasse candidata e ela absorveu parte do público evangélico que impulsionava os índices do candidato do PSC.

A Odebrecht, no entanto, se sentia credora do Pastor Everaldo e, por isso, o o delator Fernando Reis diz que a empreiteira solicitou a ele que desse tempo para que o candidato tucano Aécio Neves se manifestasse em debates na televisão.

Na delação, Fernando Reis não diz se Aécio Neves tinha conhecimento dessa possível atuação do candidato do PSC. O Pastor Everaldo nega o acerto, diz que fez uma campanha modesta, que tem dívidas até hoje e com gastos de R$ 1,4 milhão.

Aécio Neves, por sua vez, afirma que respondeu a todas as perguntas de candidatos em debates e ressaltou que não tinha informações sobre doações feitas pela Odebrecht a outras campanhas. Ele disse ainda que doações eleitorais feitas ao senador Aécio Neves não tiveram qualquer tipo de contrapartida.

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