Olimpíada aumenta os riscos da entrada de novos vírus no Brasil
Os dados da Pesquisa Nacional de Saúde mostram que as internacções no sistema único são mais frequentes no Norte (73
SUS HospitalA comunidade científica teme que a Olimpíada represente nova ameaça à saúde pública no Brasil, como ocorreu com o zika vírus. Quase sete milhões de turistas e atletas de 206 países são esperados no Rio de Janeiro em agosto para os Jogos Olímpicos. Um estudo publicado na revista científica Science mostrou que o zika foi trazido entre maio e dezembro de 2013, possivelmente na Copa das Confederações.
O virologista Gúbio Soares, da Universidade Federal da Bahia, explica que a principal ameaça agora é o coronavírus MERS, descoberto na Arábia Saudita: “O Brasil deve ficar alerta, disponibilizar kits, fazer diagnósticos mais rápidos para esses vírus, principalmente o MERS que é altamente contagioso e mortal muitas vezes, e também atento a outros vírus que podem vir com os estrangeiros”.
O MERS chama atenção da Organização Mundial da Saúde desde 2012 e já matou mais de 400 mil pessoas, especialmente na Ásia e África. No entanto, a doença é muito parecida com a gripe, inclusive pela forma de contágio, e já foi identificada em 25 países, entre eles, a Alemanha.
Para diretor do Instituto Evandro Chagas, Pedro da Costa Vasconcelos, a única forma de evitar novos danos sanitários ao Brasil é erradicar o mosquito Aedes aegypti do Rio de Janeiro. Em entrevista a Carolina Ercolin ele informa que já alertou o Ministério da Saúde sobre a necessidade de prevenção: “Fortalecer de forma intensa o controle vetorial, a partir de maio até o fim das paraolimpíadas, para impedir a entrada de outro vírus”.
Vasconcelos liderou o estudo que estabelece a relação entre a chegada do zika ao Brasil e a delegação do Taiti em 2013. Os especialistas dizem que o país deve estar preparado para montar barreiras sanitárias, além de isolar pacientes infectados durante os Jogos Olímpicos.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.