OMS garante que vacina contra zika não será lançada antes de 2020
Nenhuma das cerca de 40 vacinas contra o zika vírus em estudo no mundo estará pronta antes de 2020.
O comunicado da diretora-geral da Organização Mundial de Saúde é direcionado às mulheres em idade fértil de todo planeta, que alimentam expectativas de um planejamento mais seguro para a gestação. Portanto, sem riscos do feto desenvolver microcefalia.
Mas, segundo Margaret Chan, mesmo as tentativas mais avançadas, em fase de ensaios clínicos, só serão consideradas seguras daqui a três anos.
Há exatamente um ano, a OMS havia decretado que a zika, ligada a graves anomalias cerebrais, representava uma “emergência de saúde pública de alcance global”. Em comunicado nesta quarta-feira (01), Chan classificou a decisão como acertada.
O estado foi retirado em novembro, mas a propagação internacional continua, mesmo com taxas menores. Cerca de 70 países e territórios nas Américas, África, Ásia e no Pacífico relataram casos desde 2015.
Aliás, novas descobertas sobre o comportamento do vírus, divulgadas na revista do Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano indicam que o Nordeste brasileiro poderia ter um novo surto de grandes proporções ainda em 2017.
Até agora, os pesquisadores consideravam que, ao entrar em contato com uma população ainda não exposta a ele, o zika tinha a capacidade de atacar cerca de 80% das pessoas – o que significaria, em teoria, que a maior parte da população estaria imunizada.
Uma revisão dos dados da epidemia na Polinésia Francesa mostra que, na verdade, o vírus ataca cerca de 49% de uma população no primeiro contato.
Isso significa que metade das pessoas ainda está exposta. O medo agora, portanto, é que em breve possamos ter o retorno da doença.
*Informações da repórter Carolina Ercolin
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