Operação Calicute cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão no RJ
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal realizam na manhã desta quinta-feira (02) operação para cumprimento de mandado de prisão preventiva contra Ary Ferreira da Costa Filho e outros dez mandados de busca e apreensão. A operação deflagrada nesta manhã é mais um desdobramento da Operação Calicute, ação vinculada à Lava Jato no Rio de Janeiro.
Ary Ferreira da Costa Filho é um dos principais operadores financeiros da quadrilha ligada ao ex-governador do Estado Sérgio Cabral. Os mandados judiciais foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal.
Ary Ferreira começou a trabalhar com Cabral em 1980. De acordo com as investigações, em 1996, em cargo comissionado no gabinete do ex-governador, ele também passou por diversas secretarias durante o mandato de Cabral. Ary permanece no governo do Rio até hoje, no mandato de Luiz Fernando Pezão.
No pedido de prisão preventiva, a força-tarefa destaca que Cabral pedia 5% de propina de todos os contratos assinados com o governo do Rio de Janeiro. A função de Ary era entregar o dinheiro lavado por falsas consultorias; o pedido era intermediado pelo secretário Wilson Carlos.
Segundo as investigações, em 2007, o faturamento da empresa foi de R$ 770 mil; em 2010, de R$ 2,5 milhões e em 2015, época da renúncia do ex-governador ao cargo, o faturamento chegou a R$ 7 mil.
Os procuradores afirmam ainda que em 2010, quando a empresa mais faturou, havia apenas um funcionário registrado. Entre os anos de 2011 e 2014, a empresa não registrava nenhum funcionário, mas foi em 2013 que o faturamento da empresa chegou a R$ 2,3 milhões.
Continuam as buscas por Ary Ferreira da Costa Filho na Operação Calicute. Confira as informações do repórter Rodrigo Viga:
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