Operação Dopamina: HC afasta médicos suspeitos de participar de fraude

Fachada do Instituto Central do Hospital das Clínicas Fachada do Instituto Central do Hospital das Clínicas

Hospital das Clínicas afasta médicos suspeitos de participação em fraude no fornecimento de marca-passos e cria comissão de auditoria. As medidas ocorrem depois da deflagração da Operação Dopamina, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.

A investigação descobriu um esquema de superfaturamento de equipamentos médicos obtidos por ordem judicial para tratamento do mal de Parkinson.

A diretora clínica do HC, Eloísa Bonfá, disse que essa comissão vai possibilitar relações mais transparentes entre médicos e fornecedores. “Uma comissão que vai normatizar a relação do profissional com a empresa, com a indústria, de forma que a gente tenha normas muito claras. Queremos que esse seja um modelo para todos os hospitais públicos”, explicou.

O hospital declarou ainda que comprou 36 marca-passos por meio de licitações e um equipamento por licitação de emergência por ordem judicial.

O superintendente do HC, Antônio José Pereira, afirmou que não tem como se responsabilizar por pedidos a secretarias municipais ou estaduais de saúde: “este insumo vem externo. Não temos esse controle”.

O superintendente disse ainda que considera que a judicialização traz prejuízos ao erário porque cobram a aquisição de materiais sem tempo para realizar licitação.

Nesta quarta-feira (20), o Tribunal de Contas do Estado havia dado 15 dias para que o Hospital das Clínicas se explique sobre as irregularidades.

*Informações do repórter Tiago Muniz