Operação Irmandade: PF prende Samir Assad em desdobramento da Lava Jato
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (10), em São Paulo, a nova fase da Operação Lava Jato, que investiga esquema de propinas e desvios de recursos nas obras de Angra 3, da Eletronuclear.
A fase, denominada Operação Irmandade, cumpriu um mandado de busca e apreensão e outro de prisão contra Samir Assad. Ele é acusado de ser operador financeiro da Delta, construtora responsável pelas obras, e também do grupo preso na Operação Pripyat, que foi deflagrada em julho.
Samir Assad, principal alvo da Operação Irmandade, é irmão de Adir Assad, preso em 30 de junho na Operação Saqueador. Ele também é acusaod de desvios de recursos nas obras da Delta.
A Operação desta quarta é um desdobramento da Operação Pripyat, quando foi investigado desvio milionário em Angra 3. Dez pessoas ligadas ao núcleo administrativo foram presas.
Denúncia do MPF
O Ministério Público Federal também denunciou nesta quarta, 11 pessoas à 7ª Vara Federal criminal do Rio de Janeiro por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Eles são acusados pelo MPF de usar empresas de fachada para emitir notas fiscais frias a grandes construtoras, como a Andrade Gutierrez, durante as obras dos estádios da Copa do Mundo de 2014, da Ferrovia Norte-Sul e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Samir Assad é um dos acusados, e foi preso na manhã desta quarta. Ele é acusado de 223 crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, além de organização criminosa.
Denunciados
Outros denunciados hoje foram Marcelo Abbud, que já havia sido preso junto com Adir Assad, e Mauro Abbud. De acordo com o MPF, as empresas Legend Engenheiros Associados, SP Terraplenagem, JSM Engenharia e Terraplenagem e Alpha Taxi Aéreo Ltda usaram recibos falsos para abastecer o caixa 2 da Andrade Gutierrez em mais de R$ 176 milhões.
Também foram denunciados Sandra Branco Malagó, Sonia Malagó e Raul Tadeu Figueroa, acusados de ajudar na lavagem de dinheiro, assinando contratos e recibos falsos pelas empresas de fachada. Os ex-executivos da Andrade Gutierrez Rogério Nora de Sá, Clóvis Renato Numa Peixoto Primo, Flávio David Barra e Gustavo Ribeiro de Andrade Botelho também foram denunciados.
Na denúncia oferecida à Justiça, o MPF esclarece que a Andrade Gutierrez está colaborando com as investigações e já apresentou provas da materialidade dos crimes.
Operação Pripyat
Entre os presos da etapa deflagrada em julho estavam o ex-presidnete da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, que já foi condenado a 43 anos de prisão por desvios em Angra 3.
*Com informações de Agência Brasil
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