Operação Lava Jato completa três anos com legado parcial contra a corrupção
Dezessete de março de 2014: a Polícia Federal vai às ruas pela primeira vez na Operação Lava Jato.
Daquela segunda-feira até o final da semana, a Petrobrás estava completamente implicada no escândalo com a prisão de Paulo Roberto Costa.
O que começou com um lavanderia de um posto de gasolina de Brasília, usada para movimentar valores ilícitos, já chega a outros países. A operação foi além dos desvios da Petrobrás, chegou à Eletrobrás, atingiu em cheio a classe política e deixou governos latino-americanos sob alerta.
Mas o que fez a investigação ir tão longe a ponto de celebrar três anos de existência? O jurista Modesto Carvalhosa credita aos acordos de leniência e delação premiada. Ouça a reportagem AQUI.
Os números da Lava Jato falam por si: em três anos, foram 743 mandados de busca e apreensão e 93 de prisão preventiva. Quase 1.500 procedimentos instaurados. Nove acordos de leniência e 78 de delação premiada.
No total 89 pessoas foram condenadas, contabilizando 1383 anos de pena.
A operação devolveu aos cofres públicos R$ 10 bilhões. Os desvios identificados chegam a R$ 38 bilhões.
Na 39ª fase, a Lava Jato é potencializada agora pela delação da Odebrecht. Mas até quando novas colaborações levarão a mais desdobramentos?
Modesto Carvalhosa acredita que por muito tempo ainda. O jurista ainda define o legado parcial da investigação para a sociedade brasileira.
A grande prova da renovação, segundo Carvalhosa, virá nas eleições de 2018.
Até lá, os procuradores envolvidos na investigação garantem que o trabalho não vai parar e os inúmeros desdobramentos vão continuar aparecendo.
Reportagem de Victor LaRegina
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