Oposição é melhor para a economia, diz especialista sobre eleições na Argentina
Pela primeira vez desde a reforma da Constituição de 1994, os argentinos vão decidir o seu novo presidente em um segundo turno. Essa eleição marca o fim da Era Kirchner, iniciada em 2003 por Néstor Kirchner e que teve continuidade com sua esposa, Cristina Kirchner.
As pesquisas indicavam uma desvantagem de quase 10 pontos percentuais para o candidato da oposição Mauricio Macri. Mas ao contrário das expectativas, com a apuração dos votos, a diferença entre Macri e o candidato governista Daniel Scioli não chegava a 3%. Para ganhar no primeiro turbo, é preciso que o candidato tenha 40% dos votos além de uma diferença de 10 pontos em relação ao segundo colocado. Os argentinos deverão voltar às urnas no dia 22 de novembro.
Em entrevista com o consultor de comércio exterior Gustavo Segré, o especialista afirma: “Cristina Kirchner esperava que o seu candidato (Scioli) ganharia no primeiro turno. Essa margem tão apertada indica que o povo não está satisfeito”.
Em relação ao relacionamento entre Brasil e Argentina, Segré diz: “Para o Brasil, do ponto de vista econômico, o melhor candidato é o Macri, que tem a proposta de fazer uma regressão no Mercosul, o que dará mais liberdade de acordos para ambos os países. Já do ponto de vista político, o melhor candidato é o Daniel Scioli”.
O candidato Scioli tem o mesmo alinhamento do governo atual, e seria o mais favorável ao governo Dilma Rousseff já que manteria o mesmo relacionamento. Já o Macri é o melhor candidato para os industriais, que buscam reaquecer a economia.
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