Organizadores creem que greve geral será a maior do País em mais de 20 anos

  • Por Jovem Pan
  • 28/04/2017 06h02
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SP - GREVE/GERAL - GERAL - Na foto terminal rodoviário no Largo de Osasco sem circulação de ônibus. Ocorre nesta sexta-feira (28) a chamada Greve Geral em todo território nacional, organizado por inúmeras entidades e sindicatos, em resposta ao pacote de medidas lançadas pelo Governo de Michel Temer, com especial foco na reforma trabalhista e da Previdência. 28/04/2017 - Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Aloisio Mauricio/Estadão Conteúdo Greve geral - Na foto terminal rodoviário no Largo de Osasco sem circulação de ônibus - AE

Organizadores acreditam que greve geral convocada para esta sexta-feira (28) deve ser a maior no Brasil em mais de 20 anos. Os protestos são promovidos pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, e por centrais sindicais.

Entre as categorias que devem cruzar os braços estão professores, bancários, metalúrgicos, servidores públicos e petroleiros.

Nas grandes cidades, há promessa de paralisação de metroviários, ferroviários e motoristas e cobradores de ônibus.

O movimento ganhou corpo com o anúncio de adesão dos aeroviários dos maiores terminais do País e de funcionários dos Correios.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, aposta que será a maior mobilização de trabalhadores desde 1996: “creio que será a maior greve desde aquela época, porque está em debate em Brasília a Previdência”.

Na capital federal, os parlamentares também comentaram a greve contra as reformas, em especial a da Previdência e a trabalhista.

O líder do Governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro, do PP da Paraíba, disse que a paralisação não deve afetar a atuação do Congresso: “é um direito democrático se manifestar, mas temos que trabalhar”.

Se o ritmo previsto for mantido, o Senado Federal deve apreciar o texto da reforma trabalhista nas próximas semanas. Mas as reformas ainda dividem os políticos, e o senador Roberto Requião, do PMDB, defendeu a paralisação contra as reformas apoiadas pelo próprio partido: “para Brasil, para com força, para de verdade. Vamos dizer não a essa política rigorosamente estúpida e irracional, comandada pelos interesses do capital financeiro e não pelos interesses do povo brasileiro”.

Em São Paulo, as centrais sindicais se reuniram com o secretário de Segurança Pública e prometeram manifestações pacíficas.

De acordo com o secretário Mágino Alves Barbosa Filho, tropas policiais estarão posicionadas para desobstruir as vias: “se a via for interditada, vamos solicitar que ela seja desobstruída”.

Decisões judiciais impuseram um limite de funcionamento do Metrô e da CPTM e determinaram multa de R$ 937 mil em caso de descumprimento.

Questionado se há o risco dessa determinação não ser cumprida, como já ocorreu em outras greves, o governador paulista, Geraldo Alckmin, respondeu: “primeiro, decisão judicial é para ser cumprida. Segundo, o Metrô e CPTM trabalham com alternativas, inclusive para colocar funcionários que possam assumir para fazer funcionar os trens”.

O governador Geraldo Alckmin afirmou que ainda vai avaliar o possível corte no ponto de servidores estaduais que faltarem ao trabalho.

O prefeito de São Paulo, João Doria, fez acordos com empresas de aplicativos de transportes para os servidores municipais e repudiou a greve: “os movimentos que derrubaram Dilma Rousseff, com toda a legitimidade, aconteceram aos domingos, então não tem nosso apoio, tem nosso repúdio, independentemente do direito de manifestação”.

A PM estará de prontidão no entorno da casa do presidente Michel Temer, na Zona Oeste de São Paulo, onde devem ocorrer manifestações.

O Estado de São Paulo e a Prefeitura da Capital obtiveram liminares para manter um funcionamento mínimo no transporte público.

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