‘Ações do STF não respeitam a legalidade’, diz deputado Daniel Silveira

O parlamentar do PSL é investigado no inquérito do Supremo sobre financiamento de atos antidemocráticos

  • Por Jovem Pan
  • 08/07/2020 19h29 - Atualizado em 08/07/2020 19h35
Câmara dos Deputados O deputado federal Daniel Silveira Deputado Daniel Silveira atacou ministros do STF em vídeo

O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) afirmou durante entrevista nesta quarta-feira (8) ao Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan, que as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) “não respeitam a legalidade”. Para ele, que é alvo de inquérito que investiga o financiamento de atos antidemocráticos, a Corte age “à margem da lei”. “As decisões do STF não respeitam a legalidade, a normativa jurídica, não respeitam nada. Eles simplesmente tomam decisões. Eu poderia ter sido preso se não fosse parlamentar”, disse o deputado, que também é vice-líder do governo do presidente Jair Bolsonaro na Câmara.

Em junho, Silveira foi alvo de busca e apreensão, autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator no inquérito no Supremo, e teve notebook e celular apreendidos pela Polícia Federal (PF). “Eu poderia ter feito valer a minha imunidade parlamentar, mas isso alimentaria a narrativa de que eu estaria devendo, mas eu não tenho o rabo preso”, afirmou.

Ainda nesta quarta, o parlamentar informou em suas redes sociais que seria retirado da vice-liderança do governo na Câmara. Na entrevista ao Os Pingos Nos Is, ele disse não saber se sua saída tem ligação com o fato de ser investigado no STF. “Pode ser que queiram afastar alguém investigado, mas não sei responder. Se for isso, entendo perfeitamente, tenho maturidade pra isso, mas acho suspeito, no mínimo, que meu nome tinha sido retirado por conta desse inquérito”.

Segundo ele, a troca faz parte do jogo político. “Se a intenção do presidente foi para ganhar time e equipe, eu concordo. Agora se essa decisão foi para atrapalhá-lo, eu não concordo”, avaliou. Para ele, ser vice-líder do governo “não tem bônus, só tem ônus”. “A minha opinião é de que há uma estratégia, e aí tem o meu apoio total”, disse.

Confira a entrevista na íntegra: 

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