Ana Paula fala em censura ‘praticamente absoluta’ se PT vencer as eleições

Comentaristas do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, analisavam pedido da oposição de inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro pela reunião com embaixadores

  • Por Jovem Pan
  • 20/07/2022 19h09
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ROBERTO SUNGI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Lula discursando em evento em Diadema Lula permanece em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2022

A ministra Rosa Weber, do S Supremo Tribunal Federal (STF) foi sorteada como relatora do pedido apresentado por parlamentares da oposição para abertura de um inquérito contra o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) por causa da reunião com embaixadores estrangeiros. Os deputados acusam o chefe do Executivo de usar a estrutura pública para a reunião na qual houve um “infundado ataque ao sistema eletrônico” utilizado nas eleições. Eles também mencionam que Bolsonaro não pode usar a presidência da República para “atacar a ordem democrática” e “desestabilizar as instituições públicas”, dizendo que, além disso, o mandatário teria feito propagando eleitoral,  o que configuraria “abuso de poder político e econômico e crime eleitoral”. A expectativa é que Rosa Weber consulte a Procuradoria-Geral da República sobre a abertura do inquérito.

Durante sua participação no programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, a comentarista Ana Paula Henkel falou sobre o pedido apresentado, reforçando que a oposição pode reclamar, mas “está muito claro” que não é possível auditar as urnas eletrônicas, o que seria a principal razão das desconfianças. “Teve fraude, não teve fraude? Ninguém sabe. Um hacker morou no sistema por oito meses, logs foram apagados. Os ministros do STF, TSE e oposição podem espernear, está óbvio que o eleitor quer uma eleição democrática transparente”, mencionou a analista, voltando a citar políticos como Rodrigo Maia, Ciro Gomes, Simone Tebet, o ex-presidente Lula e os próprios ministros do STF e TSF como exemplos de autoridades que falavam sobre a importância do voto impresso.

“O próprio TSE colocou campanhas sobre o voto impresso e nova urna eletrônica, a caixinha para possível aferição e a grande pergunta é: o que mudou? Todos pediam e falavam exatamente a mesma coisa que o presidente Bolsonaro vem falando, que a nação brasileira vem discutindo de maneira honesta e correta e é o seu direito. Agora, não se posso criticar um sistema antigo e inauditável? […] Se esse eleitor ‘não voto no Lula e nem no Bolsonaro’ não entende o que está em jogo nesta eleição, prepare-se para uma censura praticamente absoluta em 2023 se o partido mais corrupto da história voltar ao poder”, completou.

Confira o programa desta quarta-feira, 20:

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