Ana Paula: Suspeição de Moro mostra que ministros do STF são garantistas da destruição do Brasil

Comentarista do programa ‘O Pingos Nos Is’ criticou mais uma vez o posicionamento dos ministros em decisões relacionadas à Operação Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 22/04/2021 18h54
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Gabriela Biló/Estadão Conteúdo sergio moro, homem branco de cabelos pretos Ex-ministro foi considerado suspeito pelo STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira, 22, enviar para a Justiça Federal do Distrito Federal quatro processos contra Lula: um do Guarujá, outro do Sítio de Atibaia e mais dois que miram o Instituto Lula. Com isso, as ações serão analisadas por um juiz federal de Brasília. Na última semana, o STF já tinha confirmado por oito votos favoráveis e três contrários a decisão do ministro Edson Fachin de declarar a incompetência territorial da Justiça Federal do Paraná para processar o petista, o que na prática anulou as condenações dele. O ministro argumentou que os delitos imputados ao petista não estão diretamente conectados à Petrobras e, por isso, a Justiça Federal de Curitiba não deveria ficar com o caso. Votaram a favor da transferência os ministros Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.

Já Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski defenderam a remessa dos processos para São Paulo, enquanto os ministros Kassio Nunes Marques, Marco Aurélio de Mello e Luiz Fux não entraram no debate e mantiveram o posicionamento de que os processos deveriam ficar na Justiça Federal do Paraná. Os ministros também consideraram como válido o julgamento da 2ª Turma da Corte que considerou o ex-juiz Sergio Moro parcial na decisão do triplex de Guarujá. A primeira decisão, tomada de forma monocrática por Fachin sobre a incompetência da 13ª Vara de Curitiba, estabeleceu a perda de objeto de outros processos apresentados pela defesa do petista, como a suspeição de Moro. Apesar disso, a segunda turma do Supremo contrariou Fachin, continuou o julgamento do caso e considerou o juiz como parcial. Gilmar Mendes, Kássio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Cármen Lúcia divergiram de Fachin e defenderam a decisão da 2ª Turma, que formou maioria e declarou Moro suspeito.

A comentarista do programa “Os Pingos Nos Is“, da Jovem Pan, Ana Paula Henkel, acredita que a decisão do STF institucionaliza a “roubalheira” no Brasil. “A gente fica muito indignado como cidadão, como pagadores de impostos, em ver que o nosso dinheiro vai para os altos salários de ministros da Corte mais alta do Brasil para cobrir lagostas e vinhos portugueses e seguranças e carros blindados e a gente pede o mínimo, uma Corte constitucional que deveria salvaguardar nossa Constituição e o combate à corrupção”, afirma. Henkel cita uma entrevista dada pelo jurista Ives Gandra Martins na qual ele fala que o STF é hoje um dos maiores partidos de oposição a Jair Bolsonaro e pontua: “Eu iria até um pouco além. O ministro Barroso disse aí agora, chamando o ministro Lewandowski de garantista, eu acho que nesse ponto aí eles são garantistas da destruição do Brasil. A gente vê aí a impunidade sendo coroada pela corte mais alta, a corte que deveria ser a mais respeitada do Brasil”, pontuou.

Confira o programa “Os Pingos Nos Is” desta quinta-feira, 22, na íntegra:

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