Augusto Nunes: ‘Quem acha que Lula não roubou não é normal, e é para essa gente que ele discursa’

Segundo o comentarista, ex-presidente ‘fala o que lhe convém’: ‘Na época do H1N1, ele defendeu o contrário do que defende agora, e qualificou como uma gripezinha’

  • Por Jovem Pan
  • 10/03/2021 20h48 - Atualizado em 10/03/2021 20h49
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NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO. Homem de camisa vermelha com estrela do PT, cabelos grisalhos, apontando dedo e gritando Lula pronunciou-se pela primeira vez após a anulação de suas condenações no âmbito da Lava-Jato nesta quarta-feira, 10

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pronunciou-se pela primeira vez após a anulação de suas condenações no âmbito da Lava-Jato nesta quarta-feira, 10. Em entrevista coletiva, Lula lembrou os anos de governos petistas, as “dores” que vivenciou na prisão, criticou a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e afirmou que foi vítima da “maior mentira jurídica contada em 500 anos de história” do Brasil. Para o comentarista Augusto Nunes, do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, Lula discursa para “pessoas que acreditam que ele não roubou”.

“É um ladrão, comprovadamente corrupto e lavador de dinheiro incompetente, até porque deixou rastros por onde passou. Alguém acredita que ele não é o dono do sitio de Atibaia? Alguém acredita que Lulinha [filho de Lula] enriqueceu porque é um craque em tecnologia e computadores? Quem acha que Lula não roubou não é normal, é difícil conversar com gente assim, e é pra essa gente que ele discursa, porque ele levaria uma vaia do tamanho da que levou no Maracanã se falasse para uma plateia independente. Não sairia ileso de qualquer rua de São Paulo, se fizesse um discurso de improviso no Viaduto do Chá, ou na Cinelândia no Rio. (…) Ele fala para convertidos, e por isso dá a impressão do prestígio que desapareceu”, afirmou Augusto.

O comentarista lembrou, ainda, quando o ex-presidente minimizou o alcance da epidemia de H1N1 — a gripe suína — em 2009. Na ocasião, Lula disse que ela não era do tamanho “que se vendeu” e foi rebatido, inclusive, pelo porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Gregory Hartl. “Lula fala o que lhe convém, segundo as circunstâncias. Ele é contra ou a favor de algo de acordo com o interesse eleitoral. Ele defende a imprensa, ao mesmo tempo que sonha com o controle social da mídia, que é o codinome da censura no vocabulário do PT, e fez isso quando o Brasil teve de enfrentar a H1N1. Ele defendeu o contrário do que defende agora, e também qualificou como uma ‘gripezinha’, ninguém lembra isso, nós lembramos. A imprensa não lembra isso e não vai apresentar as contradições sucessivas do Lula. Ele se contradiz o tempo todo. Falou agora no discurso que ia sanear a Petrobras, que ele saqueou, em parceria com partidos, empreiteiras e diretores que ele próprio nomeou”, afirmou Augusto.

Assista ao programa na íntegra:

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