Daniel Silveira diz que discussão sobre indicação para a CCJ é ‘sensacionalismo barato’
Em entrevista exclusiva ao programa Os Pingos Nos Is, deputado disse que é ‘tecnicamente preparado’ para integrar a comissão e reafirmou a intenção de disputar o Senado neste ano
O deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) classificou como “sensacionalismo barato” a discussão sobre sua participação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Em entrevista ao programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan News, o parlamentar assegurou que vai permanecer no colegiado. “Eu permaneço nas comissões. Não sei porque entrou essa discussão. Na minha opinião foi um sensacionalismo muito barato”, disse. Após ser condenado a oito anos e nove meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Silveira foi indicado pelo PTB para integrar a CCJ e outras três comissões. Alguns deputados, no entanto, fazem pressão para que o partido recue da decisão.
“Sou tecnicamente preparado para a CCJ, enquanto alguns não sabem o que estão fazendo ali, inclusive alguns da oposição”, disse o parlamentar. “Não tenho a intenção de sair, a não ser que fosse por algo que trouxesse em troca, em acordo para entregar a sociedade alguma coisa que seja de fato positiva, podemos negociar, mas eu não tenho a intenção de sair”, ressaltou. Silveira também voltou a dizer que as decisões do STF foram inconstitucionais e afirmou que o indulto concedido a ele pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) foi uma surpresa. “Foi uma surpresa muito agradável não só pra mim, mas para todas as pessoas. Essa graça não tem a ver com o Daniel, tem a ver com toda sociedade brasileira que estava à mercê da pressão de um Poder que não deveria ter esse poder todo”, opinou.
À Jovem Pan News, o deputado reafirmou que deve disputar uma vaga no Senado pelo Rio de Janeiro neste ano. “A expectativa é tentar disputar uma vaga no Senado mesmo, até por conta da projeção política que eu acabei tendo, um apoio muito claro que eu venho tendo nas ruas também. Sou candidato pelo PTB, não fui para o PL”, disse. Ele também comentou a tramitação do PL das fake news, que classificou como inconstitucional. “Se for aprovada a urgência, vamos tentar obstruir a pauta porque um projeto como esse é um ataque real à democracia a fim de legislar contra os interesses da sociedade”, destacou.
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