Deputado quer tipificar ‘antifas’ como terroristas: ‘Adolescentes baderneiros’

  • Por Jovem Pan
  • 03/06/2020 19h23 - Atualizado em 03/06/2020 19h36
Reprodução/Instagram PGR nega competência para denunciar candidatos que quebraram homenagem a Marielle Daniel Silveira (PSL) apresentou a proposta de alteração na Lei Antiterrorista um dia depois dos protestos na Avenida Paulista

O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), autor de uma proposta na Câmara dos Deputados que tipifica os “antifas” (antifascistas) como organizações terroristas, afirmou nesta quarta-feira (3) em entrevista ao Os Pingos nos Is que o grupo é, na verdade, uma “organização paramilitar”.

Segundo ele, manifestações são garantidas pela Constituição Brasileira, desde que pacíficas. “O que está nítido que não é o caso, pelas ações que eles tomam. É um bando de criminosos adolescentes perto de jubilar na universidade, que ficam fazendo concurso de novo para conseguir cooptar mais integrantes para estas facções”, disse.

O deputado, que apresentou a proposta de alteração na Lei Antiterrorista um dia depois dos protestos na Avenida Paulista, criticou a visão dos atos como “pró-democracia”. “Enquanto ditos como pró-democracia, tem pessoas vandalizando nas ruas sem motivo algum”, argumentou.

De acordo com ele, este também é um projeto que visa combater o coronavírus. “O modus operandi desses grupos, eles são bem ordenados e coordenados. Não são treinados militarmente, são uns baderneiros, mas que tem um protocolo a seguir”, completou.

Maia

Daniel Silveira ainda criticou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que disse que não deve colocar o projeto de lei para votação por “não ser importante”. Para ele, a pauta não tem relevância para Maia, porque a vida dos cidadãos “que apanham na rua sem motivo e têm seu patrimônio estragado não tem sentido algum”.

“A importância é o que ele quer pautar”, disse o deputado, afirmando que o presidente da Casa só coloca para votação o que beneficia a ele, e não ao povo. “Vou ver o que posso fazer, para ver como podemos cobrá-lo dentro do regimento, para ver que se trata de igual para igual”, completou.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.