É como se você fosse denunciar um crime e saísse indiciado, diz Motta sobre ações do TSE

Comentaristas do programa Os Pingos Nos Is debateram sobre a ação do Tribunal Superior Eleitoral que indeferiu um pedido de investigação das urnas eletrônicas pelo PL

  • Por Jovem Pan
  • 24/11/2022 19h12
Isac Nóbrega/PR Alexandre de Moraes Ministro Alexandre de Moraes, que também integra o Supremo Tribunal Federal, é o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, indeferiu o pedido do Partido Liberal (PL) para apuração de irregularidades nas quase 300 mil urnas eletrônicas no segundo turno das eleições presidenciais na noite da última quarta-feira, 23. O magistrado também condenou a coligação do presidente Jair Bolsonaro, composta pelo Progressistas (PP) e pelo Republicanos, ao pagamento de multa de R$ 22.991.544,60 por “litigância de má-fé”. As legendas que integram a coligação alegaram não ter envolvimento na ação. Por meio da sua assessoria jurídica, o PL informou que irá analisar a decisão de Moraes. “O partido reitera que apenas seguiu o que prevê o artigo 51 da Lei Eleitoral que obriga as legendas a realizar uma fiscalização do processo eleitoral”.

Durante o programa Os Pingos dos Is, da Jovem Pan, o comentarista Roberto Mota considerou que o país está numa situação complicada, que teria de ter uma saída política. Porém, em decorrência de “várias pessoas”, que ignoram o que está “escrito na lei, na Constituição ou precedentes”. ” Não foi um processo jurídico, um processo técnico. Essa participação política veio, inclusíve, da parte de entidades e autoridades que não deveriam agir politicamente. Tenho certeza que vocês sabem de quem eu estou falando”, pontuou. O analista traçou um comparativo sobre a ação do PL: “É como se você fosse na delegacia prestar queixa de um crime e saísse de lá, você, indiciado pela tentativa de cometer um crime. É muito difícil prever o que vai acontecer agora”.

Confira o programa desta quinta-feira, 24:

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