Tarcísio de Freitas: ‘O governo construiu uma agenda para entender os caminhoneiros’

Em entrevista exclusiva ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, o ministro da Infraestrutura detalhou a relação que mantém com os caminhoneiros

  • Por Jovem Pan
  • 06/03/2020 19h48 - Atualizado em 06/03/2020 19h57
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Tânia Rêgo / Agência Brasil Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura, falou à Jovem Pan

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, comentou a relação do governo Jair Bolsonaro com os caminhoneiros em entrevista exclusiva ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, nesta sexta-feira (6). Na avaliação dele, existe uma “interlocução respeitosa”, além da procura por parte do Ministério em atender as principais demandas da categoria.

“A interlocução tem sido muito respeitosa com os caminhoneiros. Temos feito reuniões bimestrais e construímos uma agenda de trabalho para entender os problemas e demandas dos caminhoneiros”, disse.

Segundo ele, a pasta tem enfrentado e entendido os problemas, como a saúde do caminhoneiro, entre outras pautas, como “a melhora na estrutura para descanso com a construção de postos de parada”, além de medidas já efetivadas como o cartão Petrobras, que ajuda no preço dos combustíveis.

A pasta também deve “dotar o transporte de tecnologia”, segundo o ministro, permitindo que os inúmeros documentos exigidos dos caminhoneiros sejam concentrados e disponibilizados de forma eletrônica, além de defender mudanças e simplificações na forma de pesagem das cargas.

“Recebemos muitas demandas deles [caminhoneiros]. Eles são muito contributivos e temos procurado operacionalizar essas sugestões. Uma liderança ou outra às vezes faz um barulho, mas eles estão acreditando no diálogo. Eu recebo no meu telefone constantemente mensagens de caminhoneiros. E quando acertamos, terminamos uma pavimentação, eles comemoram, agradecem e compartilham”, disse o ministro.

Obras e aeroportos

No setor aeroportuário, haverá ainda neste ano o leilão de 22 aeroportos, que serão concedidos à iniciativa privada. De acordo com o ministro, o leilão acontecerá em três partes – bloco norte, central e sul.

Ao mencionar as obras que precisam ser finalizadas no Brasil, o ministro destacou a importância da mão de obra e disse que “as grandes empreiteiras passam por um momento de reflexão depois de exportarem corrupção”. Na visão de Tarcísio, as empreiteiras médias já estão ocupando o lugar dos grandes nomes envolvidos em escândalos de corrupção descobertos pela Lava Jato e que se espalharam para outros países, além do Brasil, como no caso da Odebrecht.

“É uma pena porque essas empresas têm know how. Fizeram obras grandes fora do brasil, se criou acervo e competência técnica. Agora, a boa noticia é que o mercado se reinventa e a empreiteira média vira grande, uma empresa de fora vem para o Brasil. Nós já vemos esse movimento no mercado e isso é positivo”, avaliou o ministro.

Confira a entrevista completa:

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