MP do futebol será a mais polêmica do segundo semestre, diz ministro

Fábio Faria, ministro das Comunicações, disse desconhecer detalhes técnicos da MP que muda os direitos de transmissão de jogos de futebol

  • Por Jovem Pan
  • 03/07/2020 19h37 - Atualizado em 03/07/2020 19h40
Alan Santos/PR Fábio Faria e Jair Bolsonaro O presidente Jair Bolsonaro e o ministro das Comunicações, Fábio Faria

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou, em entrevista ao programa Os Pingos nos Is nesta sexta-feira (3), que a medida provisória sobre os direitos de transmissão de partidas de futebol, conhecida como MP do futebol, será um dos temas mais polêmicos no Congresso no segundo semestre.

Assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, a MP dá ao time mandante dos jogos os direitos de transmissão e saiu do papel após lobby do Flamengo. O time carioca, inclusive, transmitiu o último jogo, contra o Boavista, na quarta-feira (1), pelo próprio canal no YouTube. A medida, no entanto, gerou um racha com a Globo, detentora da maioria dos direitos de transmissão do futebol brasileiro. Nesta quinta-feira (2), a emissora decidiu rescindir o contrato de exibição do Campeonato Carioca.

Segundo Fábio Faria, a MP foi assinada sem ser analisada pelo Ministério das Comunicações porque a pasta foi recriada quando o texto já estava pronto. Ele admitiu que desconhece as especificidades do projeto. “Essa MP foi editada no dia da minha posse”, lembrou o ministro, que assumiu o cargo em 17 de junho.

Para virar lei, a MP precisa ser aprovada pelo Congresso, o que vai ser uma grande batalha para o governo, na avaliação do chefe das Comunicações. “Essa bola está no Congresso. Acredito que vai ser um tema polêmico, quente. Vai ser uma discussão enorme”, disse. “Essa do futebol será a MP mais polêmica do segundo semestre.”

Fábio Faria preferiu não se posicionar sobre o tema, mas admitiu que o governo terá de lutar muito para que a medida provisória seja aprovada. “Cabe ao governo vencer o debate. Várias MPs já caducaram, outras o governo ganhou, outras o governo perdeu”, afirmou o ministro.

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