‘Fizemos acordos para evitar mal maior’, diz deputado do PSL sobre a reforma da Previdência
O deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) afirmou, em entrevista ao programa Os Pingos nos Is nesta segunda (15), que o governo precisou fazer acordos durante a tramitação da reforma da Previdência a fim de evitar que a oposição desidratasse a proposta.
O texto foi aprovado em 1° turno na Câmara na última sexta (12), depois de quatro dias de debates. Quatro destaques e emendas ao texto passaram pelo plenário, entre eles os que suavizam as regras de aposentadoria para policiais e professores.
Barros afirmou que as mudanças não haviam passado pela comissão especial criada na Casa para tratar do assunto, mas que, ao chegar ao plenário, o texto corria o risco de ser alterado de forma mais drástica. O fato levou o governo a entrar em acordo com líderes partidários para atender às demandas sem desfigurar a reforma.
“Na comissão especial, eu orientei voto contrário a esses destaques e emendas”, afirmou Barros. “Mas quando a reforma foi para o plenário, a oposição criou outros infinitamente piores, quase que retirando os policiais da reforma. Nós, então, fizemos acordos com líderes partidários para evitar mal maior e desnaturar a PEC.”
Segundo o deputado, a oposição tinha por estratégia sugerir as mudanças ao texto original através de destaques supressivos, que necessitam de menos votos para alterar pontos de uma medida. “Política é jogo de xadrez. Ou tirávamos esses destaques e aprovávamos outros menos nocivos ou perderíamos a reforma”, disse o deputado governista.
Para ele, no entanto, a PEC aprovada até agora pelo plenário é satisfatória e atende às expectativas do governo. “O processo foi orientado pela equipe econômica e pelos ministros que se licenciaram do governo para votar. A economia prevista é de R$1 trilhão e 100 bilhões, então salvamos a Previdência.”
A previsão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é de que a PEC seja votada em segundo turno no próximo dia 6 de agosto. Depois disso, o texto será encaminhado ao Senado, onde passará pelo mesmo processo antes da sanção do presidente Jair Bolsonaro.
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