Invasão de terra é tão abominável quanto a invasão ao Congresso, diz ministro da Agricultura
Em entrevista à Jovem Pan News, Carlos Fávaro criticou as ações recentes do MST e defendeu o acesso parcial às armas
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, condenou as invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A declaração do titular da pasta foi dada durante entrevista exclusiva ao jornalista Claudio Dantas, da Jovem Pan News. Ele comparou as invasões de terras aos atos de vandalismo ocorridos no dia 8 de janeiro no Congresso Nacional. “É legítimo um cidadão que tem vocação sonhar com um pedaço de terra para produzir. O Estado tem o dever de prover isso para pessoas que sonham com um pedaço de terra, mas tudo dentro da lei. A invasão de terra é abominável como foi a invasão ao Congresso Nacional no dia 8 de janeiro. Não podemos compactuar. Terra invadida não é passível de reforma agrária. A Justiça manda fazer a reintegração e o Estado cumpre. Não adianta o MST invadir terra produtiva”, disse o ministro. Ainda durante a entrevista, Fávaro defendeu o acesso parcial às armas. “O cidadão que mora no interior tem necessidade de ter uma ou duas armas e um pouco de munição para fazer a primeira defesa. É diferente com que mora na cidade, que tem polícia para auxiliar. Imagina se [o bandido] tiver a certeza de que o homem do campo não tem uma arma. Vai barbarizar a propriedade dele. Porém, e diferente ter 30 ou 40 armas. Ninguém precisa começar uma guerra”, afirmou.
Ele ainda se manifestou contra a CPI dos defensivos agrícolas, que se encontra na fase de coletas de assinaturas. Na visão do ministro, CPI é fazer “palanque político”. “Precisa ser discutido. Existem projetos de leis tramitando no Congresso Nacional que tratam sobre bioinsumos. Nós temos que avançar por essa linha. Não quero jogar em minha propriedade resíduos que prejudicam o meio-ambiente. Temos que pensar em produtos modernos e eficientes. Para isso, precisamos eliminar a burocracia. Tem que ter legislação mais clara, mas CPI é fazer palanque político”, finalizou.
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