Osmar Terra defende cloroquina: ‘Não podemos contar com vacina’

Para o deputado, medicamento deve ser aplicado ainda no início dos sintomas da Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 12/05/2020 20h20 - Atualizado em 12/05/2020 20h26
Valter Campanato/Agência Brasil Ex-ministro da Cidadania acredita que o pico de infecções e mortes "já pode até ter passado" e o alto índice de óbitos é explicado porque "têm mais testes para fazer o diagnóstico"

O ex-ministro da Cidadania do governo Jair Bolsonaro e deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) defendeu, em entrevista ao programa Os Pingos nos Is nesta terça-feira (12), o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com quadros menos graves da Covid-19.

Segundo Terra, é difícil que uma vacina seja fabricada “em breve”, então a melhor escolha seria apostar nos tratamentos. “Não podemos contar muito com a vacina. Acredito que possa ter remédio, sim. A cloroquina, ao que tudo indica, tem um bom resultado, e quanto mais cedo começa, ainda no início dos sintomas”, afirmou.

O deputado também citou outros medicamentos que apresentam resultados, como os corticoides associados aos antibióticos. “Tem uma série de protocolos que estão andando e dando bons resultados com doentes mais graves, e a cloroquina com aqueles menos graves”, explicou.

Uma das preocupações de especialistas sobre uso da cloroquina e da hidroxicloroquina são os efeitos colaterais, já que podem causar arritmia e problemas no fígado. Sobre isso, Terra lembrou que o remédio é utilizado “o ano todo” por militares que vão para países onde existe malária e por pessoas com doenças crônicas, como artrite reumatoide e lúpus. “É só ir fazendo o controle”, alegou o parlamentar.

Tendência é de queda em junho

Osmar Terra também criticou o que chamou de “previsão apocalíptica” das autoridades que afirmam que o coronavírus estará circulando até setembro deste ano. “A tendência é o número de casos cair na primeira quinzena de junho, não é aquela previsão apocalíptica de setembro”, disse.

Para ele, o pico de infecções e mortes “já pode até ter passado”, e o alto índice de óbitos é explicado porque “há mais testes para fazer o diagnóstico”. De ontem para hoje, foram registradas 881 mortes no Brasil. 

“Às vezes é morte que aconteceu três, quatro dias atrás, e aparece tudo em um dia só. Não morreram 800 pessoas em um dia só. Está caindo a quantidade de pessoas internadas por dia com síndrome respiratória aguda. É isso que pode dar uma ideia de como está [a pandemia]. As curvas de um vírus não duram mais de 14 semanas.”

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