‘Por que TSE tem que ser presidido por ministros do Supremo?’, questiona Ana Paula

Bolsonaro atacou a corte em discurso após a cassação do mandato do deputado Fernando Franscischini

  • Por Jovem Pan
  • 07/06/2022 19h10
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José Cruz/Agência Brasil Fachada do TSE TSE organiza as eleições e avalia se candidaturas são válidas no Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um duro discurso nesta terça, 7, na Cerimônia ‘Brasil pela Vida e Família’, no qual atacou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), devido à decisão da 2ª Turma da corte que voltou a cassar o mandato do deputado Fernando Francischini (União Brasil-PR). Francischini foi acusado de espalhar notícias falsas por divulgar um vídeo em que aparece uma suposta fraude na urna eletrônica. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia cassado o mandato do deputado, mas o ministro Nunes Marques, do STF, havia restabelecido o cargo a ele em decisão monocrática. O próprio Nunes Marques levou o caso para a 2ª Turma, onde a posição dele foi derrotada por 3 votos a 2. O caso e o discurso foram analisado no programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan News, e a comentarista Ana Paula Henkel questionou porque a corte eleitoral tem que ser presidida por ministros do STF, conforme é determinado pela Constituição.

“Além de um pronunciamento, foi um desabafo, com muita representatividade, porque a nação está cansada desse STF, que milita, que é uma corte ativista. Aqui sempre enaltecemos a importância do STF mas com essa composição está difícil respeitarmos essa instituição. No 7 de Setembro do ano passado, a única pauta importante que foi de fora a fora no Brasil foi o respeito à Constituição, o cansaço em relação a esse ativismo, essa militância do STF, uma corte que deveria ser estritamente constitucional e hoje é abertamente política. Um ponto interessante que temos que começar a conversar: por que o TSE é presidido por membros do STF? Estamos falando de membros de uma corte constitucional, membros do braço jurídico do Brasil, presidindo um tribunal administrativo, que administra entre tantas coisas a principal eleição do Brasil, a presidencial. Não sei como podemos reverter esse processo e fazer com que ministros do STF fiquem no STF e TSE seja presidido por outras pessoas. Seria muito interessante, porque os ministros do STF estão trazendo a política anti-governo, a política anti-Bolsonaro, para dentro do TSE, e isso é muito perigoso”, avaliou Ana Paula.

Confira a edição desta terça, 7, do programa Os Pingos Nos Is.

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