Prefeito de cidade mineira culpa aglomerações e diz que conteve Covid-19 sem fechar o comércio
Outras medidas também foram adotadas na cidade de Carmo do Rio Claro, como a orientação da população por monitoras
Filipe Carielo (PSD), prefeito de Carmo do Rio Claro, em Minas Gerais, contou em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 12, como conseguiu diminuir os casos e internações pela Covid-19 na cidade sem fechar o comércio. Segundo ele, o verdadeiro problema são as aglomerações, que ocorrem em ranchos, ocupações de espaço público e até mesmo em eventos privativos, dentro das casas das pessoas. “Atacamos o verdadeiro problema, que são as aglomerações, e concomitantemente um trabalho muito pesado de conscientização da população. Com isso, conseguimos reduzir drasticamente o número de contaminações sem fechar o comércio. (…) Estatisticamente mostramos que o lockdown não resolve, porque se fecha os comércios que dão menos aglomeração, e os que não se pode fechar, como supermercados e bancos, continuam abertos. Não faz sentido isso”, disse Carielo.
Outras medidas alternativas também foram adotadas na cidade, como restrição de horário de funcionamento dos bares até as 18h — que já voltaram a abrir até as 23h, devido aos resultados positivos. Também há a obrigatoriedade da adoção das medidas protetivas, como distanciamento social, uso do álcool em gel e de máscaras, além da fiscalização com o apoio da população. De acordo com ele, existe a figura do “desaglomerador” em comércios que reúnem filas, como lotéricas, e a prefeitura fechou uma parceria com professoras e monitoras de uma creche que percorrem todo o município orientando a população e o comércio. “O comerciante que não respeita as regras é penalizado em três, 15, 30 dias de suspensão de funcionamento. Reverbera no município inteiro como uma punição aplicada de forma imediata e alerta que está havendo fiscalização, e que se não houver respeito as regras, aquele comércio será penalizado.”
O prefeito disse, ainda, que passou a usar a máscara todos os momentos para dar o exemplo. Ele negou que esteja ignorando a doença, mas ressaltou que não acredita na eficácia do lockdown. “Precisa ir onde tem o foco da aglomeração, que são as festas clandestinas. Não adianta fechar comércio varejista e no final de semana ter show sertanejo, forró, baile funk. Até dentro das casas não pode ter uma reunião com mais de 10 pessoas”, explicou. Carielo convidou, por fim, governadores e prefeitos a conhecerem o “caso de Carmo do Rio Claro”. “A gente explica por A + B porque o lockdown não resolve o problema e traz miséria.”
Assista ao programa na íntegra:
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